Medida temporária: Ônibus universitários voltam a circular com paradas em pontos entre unidades da UFMT Araguaia

Transporte estudantil


Agência Focaia
Reportagem
Vasco Aguiar
Pedro Rezende

     Foto: Vasco Aguiar

Nesta segunda-feira (20), os ônibus universitários da Universidade Federal de Mato Grosso, UFMT/CUA, voltaram a circular com paradas entres as unidades do campus, nas cidades de Pontal do Araguaia e Barra do Garças. Os veículos, conhecidos como “pequi e arroz”, haviam deixado de fazer o trajeto com paradas no dia 6 de março. A medida, tomada pela pró-reitoria do campus, tinha como justificativa a superlotação dos ônibus, que gerou, segundo a direção da universidade, notificação da Policia Rodoviária Federal.

Reunião

Reuniram-se no dia 14 de março, a pró-reitoria, Diretório Central dos Estudantes (DCE) e a Comissão pela Permanência, Ampliação e Melhoria do Transporte Universitário, formada por alunos representantes de cada curso da universidade. O objetivo da comissão era negociar com a direção da UFMT Araguaia, e tentar reverter a medida, então, em vigor. 

Durante o encontro, a comissão argumentou que o prazo para a retirada dos pontos foi muito curta. A medida foi comunicada no dia 20 de fevereiro, e entrou em vigor em 6 de março. 

Ao ser questionado quanto à decisão, o pró-reitor disse que não seria mais possível os ônibus universitários circularem superlotados pelas duas cidades, de maneira irregular. Por isso a necessidade de adaptações no trajeto dos veículos entre as unidades.

Com a intenção de reavaliar a situação, a comissão formada por alunos sugeriu mudanças no itinerário dos ônibus. Pedro Soares, representante do curso de Engenharia Civil, propôs a ampliação de rotas, para que a superlotação deixasse de acontecer. Desta forma, a comissão juntamente com a administração do campus elaborou novas rotas para os ônibus (ver mapa acima). O pró-reitor concordou com a sugestão, por entender, segundo ele, que o retorno dos ônibus é de fundamental importância para os alunos da UFMT Araguaia.

A prefeita do campus, Aliny Lopes, ponderou que só seria permitido o transporte de estudantes sentados, o que ficou acertado com os membros da comissão. No entanto, a medida é provisória, deverá funcionar até o dia 15 de abril, quando se encerra as atividades do segundo semestre de 2016.

Lopes, na reunião, pediu que fosse feito um documento em que o DCE e a comissão afirmassem ter informado os estudantes sobre o compromisso firmado entre as partes. Medida faria parte do acordo como condição para o retorno das paradas de ônibus entre as duas cidades universitárias. O descumprimento acarretaria na interrupção das paradas.

Retorno provisório

Ao final da reunião entre reitoria e representantes de estudantes ficou acertado que a reativação das paradas de ônibus valeria apenas para este semestre. Para o próximo semestre, que se inicia no dia 15 de maio, o meio de transporte com as respectivas paradas não está assegurado. Como deixa entender os estudantes, a luta pelo meio de transporte continua a ser debatida entre os representantes do DCE. 

A acadêmica do curso de jornalismo e membro da comissão, Viviane Sales, aponta possíveis alternativas para o transporte universitário no próximo semestre. Segundo ela “é importante que as prefeituras de Pontal do Araguaia e Aragarças continuem oferecendo os ônibus para trazer alunos de suas cidades para a UFMT”, e, acrescenta, “devemos lutar para que a prefeitura de Barra do Garças faça o mesmo, pois não existe esse transporte para os alunos da nossa universidade”. 

A estudante enfatiza ainda a necessidade do passe livre ou meia passagem em tempo integral nos coletivos do município, para todos os estudantes, "com uma linha exclusiva para os universitários, que faça o trajeto entre Pontal do Araguaia e Barra do Garças, entrando nas [unidades] universidades”.
  
A comissão de estudantes está articulando reuniões com os prefeitos dos três municípios e com a empresa Garças Tur, responsável pelo transporte coletivo das cidades. Já está protocolada, segundo Sales, uma reunião com o prefeito de Barra do Garças, Roberto Farias, mas ainda os universitários aguardam resposta.