Professores da UFMT, Campus Araguaia, votam contra a greve e decidem por mobilizações contra PEC


Greve universitária

Agência Focaia
Reportagem
Vasco Aguiar


Os professores da Universidade Federal de Mato, Campus Araguaia, na manhã de ontem (22), se reuniram com o presidente da Adufmat, Reginaldo Araújo e representantes da associação regional da entidade, Deyvisson Costa e Márcia Pascotto. Na pauta, a mobilização nacional que ocorrerá na próxima sexta-feira (25), contra a aprovação da PEC 241/55 em tramitação no Senado Federal. Na reunião realizada houve votação para decidir sobre greve no Campus Araguaia, como forma de dar visibilidade a luta contra a aprovação da PEC.

                               Fotos: Adufmat
Deyvisson Costa, Reginaldo Araújo e Márcia Pascotto, representantes da ADUFMAT

Seguindo regimento, apenas professores sindicalizados votaram. Apesar de haver bom número de pessoas, nem todas filiadas à Adufmat.  Segundo o presidente da entidade, quem toma decisão de greve é o sindicato, por isso, professores não sindicalizados não podem votar, por não possuir vínculos com a associação.

Durante o debate houve o consenso entre os presentes que não seria a hora de iniciar uma greve no campus. Desta forma, a proposta para o início de um calendário grevista na unidade foi rejeitada pela maioria. No processo de votação, dos professores que compareceram, 39 estavam aptos à votar. Deste total, 30 se colocaram contra a deflagração de greve, 5 foram a favor e 4 se abstiveram. Portanto, ficou definido que no Campus Araguaia não seria iniciado o processo de greve.


Com a não deflagração da greve no campus, os professores (foto ao lado) concordaram que agora haverá a construção de um calendário de mobilização interna de conscientização sobre as pautas apresentadas. Jorge Arlan de Oliveira, professor do Curso de Jornalismo, diz que a mobilização será feita conjuntamente pelos docentes e discentes em busca de diálogo com a sociedade, visando conseguir o apoio de setores sociais. Seria um estado de mobilização debatendo os temas que estão gerando greves pelo país, sem a necessidade de haver uma paralisação das atividades acadêmicas no campus Araguaia, finaliza Oliveira.
  
Greves pelo Brasil

No Brasil, das 66 universidades públicas, 27 já estão em greve, e 22 estão com indicativo de greve aprovado, conforme afirmou o presidente da Adufmat, Reginaldo Araújo. Diferentemente de outros movimentos grevistas, destacou Araújo, que desta vez não há oficialmente negociação com o governo e o objetivo dos professores universitários é mostrar o posicionamento diante da possibilidade da aprovação da PEC 55 e da reforma do ensino médio.