Especial
Estrutura universitária
Agência Focaia
Vasco Aguiar
Após a escolha interna da Pró Reitoria do
Campus Universitário do Araguaia, a comunidade acadêmica volta sua atenção para
os problemas que precisam ser resolvidos na Universidade Federal de Mato Grosso
(UFMT). Durante a campanha de seleção dos candidatos ao cargo, um dos pontos
discutidos com atenção foi a estrutura universitária. Neste sentido, entre as propostas
esteve em pauta a melhoria na Unidade I, localizada na cidade de Pontal do Araguaia, vista
como essencial por parte da comunidade acadêmica.
Reformas
O recentemente escolhido para o cargo de Pró-reitor do Campus Araguaia para a próxima gestão, Professor Paulo Jorge
da Silva, ressaltou em entrevista ao Focaia, que a
revitalização da unidade I sucederá através de uma série de estudos,
“primeiramente, passa por uma questão do levantamento das reformas que são
necessárias naquela unidade. A partir de aí será possível vislumbrar as
mudanças mais urgentes”.
A valorização da unidade, conforme o pró-reitor eleito “passa pelos
aspectos de revitalização, temos levado alguns pesquisadores que estão indo
desenvolver seus projetos de pesquisa na unidade em Pontal”. Como destaca, o
curso de Química formalizou novo Projeto Pedagógico de Curso (PPC) e consta
nele como meta trazer a formação em química de nível bacharelado de Química
Industrial, por que a estrutura do curso está lá.
Desta forma avalia, “a valorização vem por isso, levar transporte, fazer com que os professores possuam ambientação para trabalhar, os próprios alunos tenham as condições necessárias para estudar, faremos sempre o possível para que todos desenvolvam suas atividades de maneira satisfatória na unidade I”.
Desta forma avalia, “a valorização vem por isso, levar transporte, fazer com que os professores possuam ambientação para trabalhar, os próprios alunos tenham as condições necessárias para estudar, faremos sempre o possível para que todos desenvolvam suas atividades de maneira satisfatória na unidade I”.
Para Silva há analise de projeto para criação de novos cursos na
unidade, e que para isso, “teremos que fazer um estudo para a implantação de
cursos. Mas há sim a pretensão de futuramente poder levar outros cursos para o
Pontal. Qualquer aquisição de cursos, passa por construções e levantamentos a
serem feitos”.
Unidades do Campus
A gestão da pró-reitoria do Campus Universitário do Araguaia, que se
encerra em outubro, administrado pelo Prof. José Marques Pessoa, tem visão
semelhante à do pró-reitor eleito. Segundo a Gerente Administrativa do CUA,
Dalva Sabino Nunes, não deve haver diferenciação entre as unidades I e II.
Segunda ela “existe apenas um campus, o Campus Universitário do Araguaia, com
duas unidades, uma em Pontal do Araguaia e outra em Barra do Garças”.
Ela explica que a unidade barra-garcense surgiu em 2005 com a necessidade de visibilidade política do Campus. Como faz questão de destacar, a construção de outra unidade, não diminui a importância na localizada em Pontal do Araguaia, que deu início aos trabalhos acadêmicos na região.
Ela explica que a unidade barra-garcense surgiu em 2005 com a necessidade de visibilidade política do Campus. Como faz questão de destacar, a construção de outra unidade, não diminui a importância na localizada em Pontal do Araguaia, que deu início aos trabalhos acadêmicos na região.
Sobre os rumores de fechamento da unidade I, ela explica que os
investimentos devem ser feitos em ambas as unidades e que na gestão que faz
parte, “em nenhum momento foi discutido o fechamento da unidade I, ou se acabar
com os cursos do Pontal do Araguaia”. Nunes diz que pelo contrário, existem
projetos de novos cursos, visando a melhoria da unidade.
Foto- Infocampus/ Biblioteca
da Unidade I
As reclamações
Segundo uma acadêmica da unidade em Pontal, que não quis se identificar,
existe grande insatisfação com a infraestrutura encontrada no local, “não temos
materiais básicos de higiene no laboratório de anatomia, como papel toalha e
sabonete, que são extremamente necessários para higienizar as mãos após manejar
peças anatômicas”.
Questionada sobre o problema destacado, a Gerente Dalva diz que esta
questão passa pela decisão dos coordenadores de curso, que devem solicitar os
materiais necessários junto ao almoxarifado.
Outra estudante, que também preferiu não publicar o nome na reportagem, diz ter a sensação que a unidade II, em Barra do Garças, tem privilégios de investimentos em relação a do Pontal. Para esta questão, Nunes explica que “a unidade II cresceu mais em razão do número de cursos (12), o crescimento foi proporcional, no Pontal são quatro cursos apenas. Se na Barra existe um maior número de cursos, necessita de mais laboratórios, o investimento se faz necessário”.
Outra estudante, que também preferiu não publicar o nome na reportagem, diz ter a sensação que a unidade II, em Barra do Garças, tem privilégios de investimentos em relação a do Pontal. Para esta questão, Nunes explica que “a unidade II cresceu mais em razão do número de cursos (12), o crescimento foi proporcional, no Pontal são quatro cursos apenas. Se na Barra existe um maior número de cursos, necessita de mais laboratórios, o investimento se faz necessário”.
Para a gerente administrativa, “a estrutura
predial do Pontal já está pronta. Quando se começa algo do zero, como na
unidade II, dá-se a impressão que existem mais coisas na nova unidade. Mas se
pegarmos o número de cursos que temos aqui na Barra e os que existem no Pontal,
a balança está igual”.
Prefeito do campus há cerca de dez anos, Eder Martins Lopes, reconhece
que a unidade I precisa de investimentos da reitoria da UFMT. Segundo ele, a
Unidade da cidade de Pontal “nunca passou por uma grande reforma geral, apenas
reparos pontuais”. Recentemente, completa o prefeito, “houve a pintura, troca
de portas, forro do teto, troca do telhado da biblioteca”.
Para Lopes “é necessário também haver um zelo pelo ambiente
universitário, ele é de todos, precisamos cuidar do que é nosso. A prefeitura
está à disposição para receber sugestões e informações sobre o que precisa ser
melhorado ou trocado em relação a aspectos estruturais e de manutenção”.
Visão histórica
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus Universitário do
Araguaia, foi inaugurada em 1988, na cidade de Pontal do Araguaia, com uma área
de 64 hectares. Com o passar do tempo, surge o projeto para
a construção de uma nova unidade em Barra do Garças, o que se materializou
somente em 2005, cuja edificação ocupa uma área de aproximadamente setenta
hectares, a qual assumiu papel relevante na oferta de ensino superior na região. O campus
disponibiliza, atualmente, 16 cursos de graduação.
A opção pela construção de uma nova unidade em Barra do Garças acontece
justamente para dar visibilidade ao Campus Araguaia, até então situado na
pequena cidade de Pontal do Araguaia. “Para ter apoio político precisa-se ser
visível. Barra do Garças é uma das maiores cidades da região, ter uma unidade
da UFMT nesta cidade trouxe visibilidade e investimentos ao Campus Araguaia”, afirma Nunes.
Atualmente são oferecidos cursos de Licenciaturas Plenas em Letras, Matemática, Física, Química, Ciências Biológicas, Educação Física, Geografia e Bacharelados em Agronomia, Biomedicina, Ciência da Computação, Comunicação Social (Jornalismo), Direito, Farmácia, Enfermagem, Engenharia de Alimentos e Engenharia Civil.
Atualmente são oferecidos cursos de Licenciaturas Plenas em Letras, Matemática, Física, Química, Ciências Biológicas, Educação Física, Geografia e Bacharelados em Agronomia, Biomedicina, Ciência da Computação, Comunicação Social (Jornalismo), Direito, Farmácia, Enfermagem, Engenharia de Alimentos e Engenharia Civil.
O Campus Araguaia, como destaca o site da instituição, tem como um dos seus objetivos, conforme a tradição da universidade, oferecer cursos de qualidade, mantendo uma constante atualização e modernização dos cursos oferecidos, acompanhando as transformações políticas, econômicas, sociais, ambientais e culturais.
Conforme avalia a gerente administrativa da pró-reitoria “vai chegar um momento em que a própria unidade de Barra do Garças não vai suportar a quantidade de cursos, o fluxo de alunos. Será um processo natural, investimos em Barra, agora é a hora de voltar a investir no Pontal”, portanto, o que deverá ser feito pela nova gestão eleita. “Ele precisa crescer também, ter visibilidade”, Finaliza.