Sociedade
Gazeta - Cuiabá
Dantielle Venturini
Sobre a educação estadual, proposta feita pelo executivo
estadual é inaceitável e foi considerada uma afronta pela categoria que
representa 40 mil servidores
Dinalte Miranda/Diário de Cuiabá
Pelo
menos 21 categorias de servidores públicos estaduais deflagram greve a partir
desta terça-feira (31) em Mato Grosso. Entre os principais setores do Estado
que cruzam os braços por tempo indeterminado, está o sistema penitenciário, a
polícia civil e também os servidores da saúde. A decisão da deflagração de
greve geral, foi mantida após as categorias rejeitarem a proposta feita pelo
governo do Estado para o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA).
O
governo ofereceu pagar a revisão em duas etapas que previa o pagamento de 5%,
sendo 2% no mês de setembro e os 3% restantes apenas em janeiro de 2017. Os
servidores não concordaram com a proposta e exigem o pagamento integral de
11,28% ainda esse ano.
De
acordo com o presidente do Sindicato dos trabalhadores no Ensino Público de
Mato Grosso (Sintep-MT), Henrique Lopes, a proposta feita pelo executivo
estadual é inaceitável e foi considerada uma afronta pela categoria que
representa 40 mil servidores. “Não temos nem o que considerar dessa proposta
que fere todos os nossos direitos como servidores públicos já conquistados”.
O
representante do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato
Grosso (Sindspen-MT), João Batista, afirma que a categoria que contempla cerca
de 3 mil servidores, não aceitará um percentual menor do que os 11,28%. “Nós
nem consideramos uma proposta uma proposta o que nos foi apresentado.
Inaceitável recebermos 5% e ainda parcelado para o ano que vem”.
Além
disso, a greve é uma luta também contra o processo de terceirização das escolas
públicas estaduais. “Além do pagamento do RGA temos também outras pautas, como
a terceirização onde o governo visa repassar para as parcerias público-privadas
(PPPs) os serviços de gestão, manutenção e infraestrutura das escolas
estaduais”.