Obama é o cara!

Por Antonio Silva

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O sistema financeiro e as grandes empresas mundiais percebem, finalmente, que os Estados Unidos não conseguem superar a crise econômica e política, o que põe o atual regime global em crise. Não seria sem razão a grande pressão sobre o presidente Barack Obama, que vem sendo criticado por sua fraqueza e a redução do poder de guerra do país, da América do Norte.

Há mais de um século como os organizadores da ordem mundial, os Estados Unidos não conseguem resolver os problemas internos, com dívida pública nas alturas, com desemprego e instabilidade financeira; ainda precisa negociar e investir em inúmeros problemas ao redor do mundo. Portanto, a pressão é interna, de ordem social, e externa do atual sistema financeiro, que precisa de abertura e domínio de mercados nos países da periferia.

Com a entrada da Rússia na briga pela orquestração política global, inicia-se uma instabilidade política nos mercados, que se veem novamente diante de uma disputa de grandes agentes políticos e de mercado. Como a China sinaliza sua oposição ao atual regime liderado pelos Estados Unidos, o mundo vai se tornando polarizado entre dois blocos, considerando a Europa aliada do país da América do Norte.

No final, a pressão que se vê nas economias nacionais, como no Brasil, tem reflexos na ordem mundial. Se assim for a tendência é cada vez mais as elites locais entrarem em disputadas mais duras, afinal, o apoio global para o sistema neoliberal vem sofrendo com guerras políticas internacionais.

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 Antonio Silva é Jornalista e Professor UFMT - Campus Araguaia.