Até dez anos atrás, quando adotou o sistema de cotas, a Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) mais parecia um shopping da zona sul, área nobre da cidade, com o predomínio de alunos brancos da classe média.
Editoria de Arte/Folhapress
Hoje, o apelido da Uerj é
"Congo". Surgiu em 2005, em um torneio esportivo envolvendo
faculdades de direito, quando as torcidas adversárias assim se referiam, em tom
de gozação, à diversidade étnica da universidade.
Os alunos da Uerj decidiram assumir o
colorido e, desde então, o país africano se tornou uma espécie de ícone da
autoafirmação, a ponto de o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz
Fux, que, assim como Joaquim Barbosa, leciona na Uerj, ter citado o Congo no
voto sobre cotas para negros em abril.
A Uerj foi uma das primeiras
universidades a adotar o sistema, em trajetória de erros e acertos. Hoje, 45%
das vagas são reservadas para cotistas -20% para alunos de escolas públicas,
20% para negros e indígenas e 5% para deficientes. O denominador comum é a
renda per capita mensal de até R$ 960. Leia mais no Uol Educação.
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