Da assessoria
O VII Simpósio de Jornalismo da Unemat\Alto Araguaia destaca hoje (quinta, 27) o II Festival do Minuto e a Roda Viva com o escritor e comunicador popular Vito Giannotti. As atividades fazem parte da programação noturna do evento, que se inicia às 19h, no anfiteatro da universidade.
O Festival traz como tema o Jornalismo e tem o objetivo de estimular a produção audiovisual entre acadêmicos. “Também é uma forma de incentivar a criatividade, a originalidade e o uso de técnicas pertinentes”, explica o jornalista e professor mestre do curso de Comunicação Social da Unemat\Alto Araguaia, Iuri Gomes, um dos organizadores do Festival. Detalhes no http://festivaldominutoaia.blogspot.com.br/
A Roda Viva do Simpósio terá no centro um reconhecido polemista. Com mais de 20 livros publicados e liderando o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC)\Rio de Janeiro, Giannotti será questionado sobre “Persuasão e Resistência”. Ele é um declarado defensor do socialismo e entende que uma sociedade justa e igualitária depende em alto grau de uma comunicação popular e transformadora. “Temos de nos organizar para contrapor esta mídia hegemônica, que se orienta pelo capitalismo, pelo consumismo, pela competitividade destrutiva”, pontua.
A Roda Viva terá três rodadas de perguntas, que serão feitas inicialmente por um grupo de acadêmicos da Unemat e da UFMT\Barra do Garças. Ao final de cada etapa o público poderá efetuar questionamentos. As rodadas vão tratar da relação de jornalismo e movimentos populares, comunicação e capitalismo, universidade e sociedade. A mediação ficará com o professor mestre do curso de Comunicação da Unemat, Thiago Cury Luiz.
A equipe da Agência Júnior de Jornalismo FocAia participa do evento, colaborando na organização e fazendo a cobertura jornalística das atividades.
Oficinas e minicursos
Giannotti também vai ministrar um minicurso hoje, das 14h às 18h, na Unemat, sobre como deve ser uma comunicação popular\alternativa\de esquerda eficiente e que atraia o público em geral.
Nesta quinta também ocorrem duas oficinas na universidade. Uma delas é à tarde, sobre roteiro cinematográfico, com o professor mestre do curso de Comunicação da Unemat, Vladimir Santafé. A outra, pela manhã, a respeito de jornalismo e meio ambiente, com a professora mestre do curso de Comunicação da UFMT\Barra do Garças, Patrícia Kolling.
Participação
O bate-papo da noite de ontem com o jornalista Rodrigo Vargas, de Cuiabá, foi marcado pelo volume de perguntas do público. Foram cerca de 2 horas entre explanações, indagações e respostas sobre o dia a dia do repórter e sua relação com estética do espetáculo e sensacionalismo. Kolling e Gomes também fizeram parte da mesa.
“O mais importante num evento a respeito de jornalismo não é a palestra do convidado, mas, sim, o bate-papo, as perguntas do público e respostas que vão surgir”, analisa Vargas. Os questionamentos se concentraram na crise do jornalismo impresso diante da evolução tecnológica, nas dificuldades de se produzir informação com responsabilidade social perante um mercado que busca principalmente audiência e nas alternativas para transformar este cenário.
“Um dos caminhos é se qualificar, se preparar profissionalmente, investir na apuração da informação e trabalhar para oferecer material de qualidade ao povo. O povo gosta de qualidade, o povo quer qualidade”, afirma Vargas.