Docentes da UFMT dizem NÃO à segunda proposta do Governo


Professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em greve há 75 dias, rejeitaram, por unanimidade, a segunda proposta do Governo Federal, em uma assembleia geral com mais de 100 docentes, hoje à tarde no auditório da ADUFMAT S.Sind. Todas as universidades federais em greve que já se reuniram para avaliar a segunda proposta do Governo fizeram o mesmo encaminhamento. 

A categoria alega que essa segunda proposta não traz mudanças significativas em relação à primeira. O que o Governo propõe é um reajuste que vai de 19,65% a 39,53%, escalonado entre as classes, até 2015. Porém, não considera a inflação prevista para esse período de 32% em média. Ao final do escalonamento, somente os professores titulares doutores (apenas nove na UFMT), teriam, na verdade, 7,53% de reajuste salarial, descontada a inflação no período. Todas as demais classes teriam impacto negativo. Os mais prejudicados, que representam 95,08% dos docentes, teriam arrocho salarial. Os professores Associados nível 1 teriam impacto negativo no salário (- 12,35%).

Diante de um Governo que se mostra instransigente na negociação, a plenária também aprovou a radicalização do Movimento. A categoria participa amanhã às 7h30 de um acampamento no campus da UFMT em Cuiabá. Essa é uma ação unificada entre docentes, servidores técnico-administrativos e estudantes da UFMT e do IFMT. As decisões da Assembleia dos Docentes da UFMT serão encaminhadas ainda hoje ao Comando Nacional de Greve, que se reúne, novamente, na próxima quarta-feira, dia 1 de agosto, com o Governo Federal para nova rodada de negociação.


Categoria aprova acampamento no campus de Cuiabá (Adufmat)