Sem seu centro, Mercosul aprova Venezuela e alcança o norte




FELIPE SCHROEDER FRANKE

Direto de Mendoza


No mesmo dia em que o Paraguai, o país do centro do continente, permaneceu suspenso do Mercosul, a organização aprovou a entrada da Venezuela, nação do norte, ao grupo do sul. No mesmo dia em que a organização esticou seus braços do extremo frio da Patagônia às águas quentes do Mar do Caribe, a governo do centro permaneceu sem direito a voto.

A expansão ao norte já era planejada desde 2006. Nessa sexta-feira, em Mendoza, foi obtida de modo surpreendente graças à ausência da representação paraguaia, suspensa pelo polêmico processo-relâmpago que destituiu Fernando Lugo. A adesão do novo membro foi saudada pela presidente argentina, Cristina Kirchner, como uma medida de integração para combater o impacto da crise "produzida nos países ricos". A presidente brasileira, Dilma Rousseff, saudou a medida e convocou as nações da região a se somarem ao bloco.

Trata-se da busca pela união, tentada na América Latina após um pós-guerra marcado por ditaduras. O Mercosul batalha para superar diferenças e superar barreiras de comércio. A Organização dos Estados Americanos e a União das Nações Sul-americanas caminham rumo à integração regional baseada no respeito dos princípios da sociedade democrática.



Via Terra