Marcelo Tas analisa mídias sociais e manda recado para Focas do Araguaia




“A rede é a chave do que a gente vive”, diz Marcelo Tas , em palestra na 1º Semana de Comunicação e Marketing de Cuiabá, organizada pelo blog Jacaré Banguela, ontem (10/05), no Centro de Eventos do Pantanal, na capital mato-grossense.




O apresentador do programa CQC (Custe o que custar), da Band, analisou as mídias sociais. Ele começou a palestra nos fazendo lembrar sobre o nosso primeiro dia de aula no colégio, quando éramos crianças. Tas disse que na sua época os alunos eram da geração cut&paste (copiar e colar), pois eles copiavam tudo que o professor (provedor do conhecimento) transmitia, e que hoje em dia o aluno não espera este provedor, pois ele tem acesso às fontes (TV, internet, telefone celular, entre outras).

Marcelo Tas é formado em engenharia civil pela USP e contou que se interessou pela comunicação quando conheceu um jornal anarquista que misturava críticas e humor. Foi editor desse jornal por dois anos, até que cursou comunicação e montou sua própria produtora de vídeos. Tas, juntamente com Fernando Meireles, vendeu os vídeos para uma emissora de TV em São Paulo, na época muito pequena, a TV Gazeta. E daí surgiu o repórter Ernesto Varela, seu primeiro personagem, que hoje poderia ser comparado com o Danilo Gentili, também do programa CQC, pois era um repórter que criticava e entrevistava os políticos da época.

Para o palestrante, temos que valorizar as publicações, pois algo que foi postado em uma mídia social não será apagado tão facilmente da memória do espectador. Então, temos que valorizar mais as coisas que postamos, seja no Facebook, Orkut, Twitter ou Youtube. Ele também falou sobre a história da internet e sobre a influência de dois nerds (de acordo com o palestrante) nessa evolução: Alec Reeves, inventor do código binário (transição de fita VHS para CD) e Arthur Clarke, gerador da ideia inspiradora para a construção do satélite.

Como usuário de várias mídias, Tas afirma que “o Facebook é mais consistente que oTwitter” e explica que isso se dá devido à organização, pois ao fazer um post seus comentários serão organizados e no twitter é uma coisa mais solta. Ele também disse o que nós, jornalistas ou não, já deveríamos saber (muita gente esquece!!!): "seu perfil no Twitter é algo público, não importa se é perfil pessoal ou profissional, tenha ética!"

Marcelo Tas também falou sobre o programa que comanda hoje, e disse que o CQC conseguiu ligar o telespectador a assuntos que as pessoas já não se interessavam mais, como política, denúncias e meio ambiente. E que também era um programa que estava unindo as pessoas, depois de vários tweets, veio o jargão do programa: “CQC, o programa da família brasileira!”.

E para finalizar, Marcelo Tas disse que o que precisamos hoje, apesar de muitas pessoas dizerem que é produzir, é que precisamos "ouvir". Nós precisamos ouvir as pessoas ao nosso redor, ouvir suas críticas e elogios e encarar isso como um crescimento. E ainda deixou um e-mail que ele lê e responde para perguntas, que é o rede@marcelotas.com.br .

Ahhhh, e deixando a função jornalista de lado fui tietar um pouquinho... No fim das apresentações pedi um autógrafo e fiz uma pergunta que está circulando os corredores da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT de Barra do Garças: “É IMPORTANTE O USO DAS MÍDIAS SOCIAIS NA UNIVERSIDADE?” e a resposta do Tas foi a seguinte: “ MAS É CLARO! E AINDA TEM ALGUMAS UNIVERSIDADES QUE BLOQUEIAM ESSE ACESSO.” E se vocês repararem na imagem, ele colocou a hashtag #liberaufmt , iniciada pelo aluno Hélio do 2º ano de Jornalismo para a liberação do uso de mídias sociais pelo servidor da Universidade.




É isso aí gente! Falei sobre o Marcelo Tas para vocês e espero que tenham gostado. Afinal é difícil resumir em um post duas horas e meia de palestra, sem se empolgar, né?! Ainda mais quando o palestrante é este homem inteligentíssimo e carismático. =D




Desculpem pelo longo post...

Diretamente de Cuiabá,
Carol Danelli.

Fotos: Carol Danelli