UnB discute regras de convivência com alunos



O texto com novas regras para a convivência comunitária na Universidade de Brasília está pronto. A proposta, que regulamenta o comércio de bebidas, estabelece normas para confraternizações nos campi e fixa limites de horário para festas, será discutida por meio de uma consulta pública.

A administração apresenta o documento para acréscimos da comunidade em um espaço criado para que as atitudes universitárias sejam debatidas. O documento também passará pelo Conselho Universitário (Consuni).

O documento classifica os eventos como de pequeno, médio e grande porte. As confraternizações de pequeno porte não podem interferir na realização de aulas, laboratórios e salas de professores. Essas atividades não podem acontecer após às 22h30. Há tolerância até a meia-noite, mas, nesse caso, deve ser concedida autorização. Também é proibida aparelhagem de som. Nesses eventos, não poderá haver cobrança de ingresso.

As confraternizações de médio porte precisam ser autorizadas pelo Decanato de Assuntos Comunitários. Eles também devem ser notificados para a Prefeitura dos campi. Poderá ter bebidas alcoólicas e música, mas somente em dias de aula, após seu término.

Já as festas que envolvam venda de ingressos, divulgação nos meios de comunicação e que forem abertas ao público devem ser realizadas no Centro Comunitário da Universidade.

TROTES – As novas regras também proíbem qualquer tipo de trote que “submeta o calouro a tortura, a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante e a discriminação de qualquer natureza é proibida e será combatida com medidas pedagógicas e educativas, sem prejuízo das sanções legais cabíveis”.

Dois professores da UnB processam estudantes

Dois conflitos entre professores e alunos chegaram à Justiça pelas mãos dos próprios docentes que, descontentes com o comportamento dos estudantes, moveram ações indenizatórias. Uma delas foi julgada na última terça-feira (1) com resultado favorável à professora Mônica Valero, do departamento de ciências farmacêuticas da UnB (Universidade de Brasília).

Mônica vai receber R$ 8,5 mil contra 17 ex-alunos que, em 2005, divulgaram um documento de quatro páginas intitulado “Manifesto da Mediocridade”, em que acusavam a professora de não dominar a disciplina que lecionava.

O caso dos 17 ex-estudantes da Ciências Farmacêuticas condenados a pagar R$ 8,5 mil a professora Mônica Valero por danos morais aconteceu em 2005. Um documento espalhado pelo departamento acusava a professora de não dominar a disciplina que lecionava. “Eu sinto que a justiça foi cumprida. Foi uma fase horrível que manchou a minha vida profissional naquele momento, mas agora estou em paz”, comentou a professora.

Mariana Vidal, uma das ex-estudantes, esperava que Mônica não fosse adiante com o processo. “Isso mostra que ela é mesmo uma pessoa medíocre. Ela poderia ter levado na brincadeira como os outros professores”, disse. Outra ex-aluna, Pollyana Sousa, afirmou que não se arrepende de ter assinado o documento. “Tudo o que está escrito lá é verdade. Ela era estúpida com a gente em sala de aula”, conta.

Via Secretaria de Comunicação da UnB