por Alfredo CostaRelembrando os tempos de estagiário do Globo nos anos 70's, acompanhei a cobertura das eleições diretamente do
Centro de Divulgação do Tribunal Superior Eleitoral - TSE.
Em coletiva à Imprensa, o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, informou que a divulgação das apurações começariam apenas às 19h de Brasilia. Isso porque a votação em alguns lugares do País só termina nesse horário por causa da diferença de fuso horário. Acompanharam a eleições, segundo ele, 163 observadores internacionais, de 47 países, incluindo da Bulgária, onde Dilma Roussef tem ascendentes.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4M0iSCpq7h8NUrJKNZyAzJ70IRo4v16hlZWFvtwpls8ph_hIGR0MszvI8UrCixXMgaRCmbaOuZwT2jNA_9s3OXsWyGzoOg3E1AxNwiTT5z6_H___46IXlpBs92TyaRY98VFbkXWLQhIGK/s200/IMG_0215.jpg)
Na mesma Coletiva, um jornalista do Correio Braziliense perguntou para o presidente do TSE por que, segundo o próprio ex-candidato Joaquim Roriz (que transferiu sua candidatura pra a esposa por causa do "ficha limpa"), a foto dele não apareceu na urna. Para riso dos presentes na coletiva, outro jornalista respondeu: "foto não apareceu porque Roriz votou no Agnelo e não na mulher".
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6-EzPzbj-n5viJM-NyE39uvD_uBkmzS3qjXDRAHhz9RPSpdWfxCff2PYvxY772y5lzFyRdQ5to0i4EIIE_orDqzLCcREp23QvVbuFq0H5mIYkCXAb_xc_P1iQrosPSVwqLy6lWwJWqXpO/s200/IMG_0211.jpg)
Aproveitando o tempo de espera, em frente ao computador, o jornalista, escritor e professor
Leandro Fortes não parava de tuitar os melhores comentários da noite: "O chato de ficar no TSE é não poder acompanhar o funeral ao vivo da Globo News!", disparou logo de início. Para arrematar no final: "Mundo irá acabar hoje, à meia noite, segundo a Globo News. O sol não nascerá amanhã sobre o Brasil chavista e ateu."
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZKKg9RxRp4MryGVIGwFNVNE-Vnj8VZ5QjlwfQ5PPxYtlvVw13M4ekutaT77GtClrUh5g6dq3a8crY7aKa1Kdjzb-YdnEhrZi9Z8yHs0snQTCIW2Q3FqWoiLbN3_gG_75TqRHvFL3CSQnS/s200/IMG_0192.jpg)
Às 20h12, os jornalistas saíram da birosca montada ao lado da sede do Tribunal para anunciar ao vivo que Lewandowski declarou oficialmente o que todo o País já sabia: a eleição de Dilma como a primeira presidente do Brasil.
A partir daí, abandonei de vez a bendita objetividade jornalística para
comemorar na Esplanada dos Ministérios o fim da maldita Era Roriz, com a vitória de Agnelo no Distrito Federal. Meninos, eu vi. Mesmo com toda a parafernália da tecnologia atual, cobrir eleições ainda é pura diversão.
Sobre Política e eleições, leia também:
A tênue linha entre a Opinião e o Ridículo.