A cobertura da cobertura das eleições, diretamente do Centro de Divulgação do TSE


por Alfredo Costa

Relembrando os tempos de estagiário do Globo nos anos 70's, acompanhei a cobertura das eleições diretamente do Centro de Divulgação do Tribunal Superior Eleitoral - TSE.

Em coletiva à Imprensa, o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, informou que a divulgação das apurações começariam apenas às 19h de Brasilia. Isso porque a votação em alguns lugares do País só termina nesse horário por causa da diferença de fuso horário. Acompanharam a eleições, segundo ele, 163 observadores internacionais, de 47 países, incluindo da Bulgária, onde Dilma Roussef tem ascendentes.

Na mesma Coletiva, um jornalista do Correio Braziliense perguntou para o presidente do TSE por que, segundo o próprio ex-candidato Joaquim Roriz (que transferiu sua candidatura pra a esposa por causa do "ficha limpa"), a foto dele não apareceu na urna. Para riso dos presentes na coletiva, outro jornalista respondeu: "foto não apareceu porque Roriz votou no Agnelo e não na mulher".

Aproveitando o tempo de espera, em frente ao computador, o jornalista, escritor e professor Leandro Fortes não parava de tuitar os melhores comentários da noite: "O chato de ficar no TSE é não poder acompanhar o funeral ao vivo da Globo News!", disparou logo de início. Para arrematar no final: "Mundo irá acabar hoje, à meia noite, segundo a Globo News. O sol não nascerá amanhã sobre o Brasil chavista e ateu."

Às 20h12, os jornalistas saíram da birosca montada ao lado da sede do Tribunal para anunciar ao vivo que Lewandowski declarou oficialmente o que todo o País já sabia: a eleição de Dilma como a primeira presidente do Brasil.

A partir daí, abandonei de vez a bendita objetividade jornalística para comemorar na Esplanada dos Ministérios o fim da maldita Era Roriz, com a vitória de Agnelo no Distrito Federal. Meninos, eu vi. Mesmo com toda a parafernália da tecnologia atual, cobrir eleições ainda é pura diversão.

Sobre Política e eleições, leia também: A tênue linha entre a Opinião e o Ridículo.