Para o jornalista André Trigueiro devemos ter consciência de que a crise ambiental no planeta tem o 'nosso DNA'
Meio Ambiente
Agência Focaia
Reportagem
Adailson Pereira
André
Trigueiro durante o debate sobre Espiritualidade e meio ambiente, no FICA
Nascido no Rio de Janeiro, RJ, André Trigueiro, 52
anos, é Jornalista com Pós-Graduação em Gestão Ambiental pela COOPE/UFRJ.
Especializado em Jornalismo Ambiental, Trigueiro é professor e criador do curso
de Jornalismo Ambiental da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Participa do maior evento de cinema na temática ambiental pela oitava vez, o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA).
Atuou como repórter e apresentador do Jornal das Dez,
do canal a cabo, Globo News, de 1996 a 2012. É editor-chefe do programa Cidades
e Soluções da mesma emissora, desde outubro de 2006, comentarista do Programa
Estudo I e articulador da Folha de S. Paulo e, repórter da Rede Globo.
O jornalista é autor dos livros, “Cidades e Soluções –
como construir uma sociedade sustentável” (2017); “Mundo sustentável 2 – novos rumos
para um planeta em crise” (2012); “Mundo sustentável – abrindo espaço para um
planeta em transformação” (2005); “Espiritismo e Ecologia” (2009); “Viver é a
melhor opção – a prevenção do suicídio no Brasil e no mundo” (2015), e
coordenador editorial e um dos autores do livro “Meio ambiente no século XXI” (2003).
Jornalista renomado, André Trigueiro recebeu vários
prêmios na carreira, entre eles estão: Prêmio Imprensa Embratel de Televisão e
o Prêmio Ethos – responsabilidade social, na categoria Televisão em 2003, pela
série, Água: o desafio do século 21; Venceu quatro vezes o prêmio Comunique-se,
na categoria Jornalista de sustentabilidade, nos anos de 2007, 2009, 2011 e
2017; Ganhou o prêmio Petrobras de Jornalismo, em 2013, na categoria Nacional/
Prêmio Reportagem petróleo, gás e energia – Televisão. Outra conquista foi de
personalidade do ano no VI Prêmio Hugo Werneck 2016, pelo programa Cidades e
Soluções.
Na 20° edição do FICA, André Trigueiro foi mediador do debate sobre “Espiritualidade e meio ambiente”, que aconteceu no Convento do Rosário. Participaram do debate o frei Paulo Castanhedê (Igreja Católica), Mãe Flávia Pinto (Umbanda), foto central, da esquerda para a direita, e Ailton Krenak, que falou sobre a cosmovisão dos indígenas de sua etnia.
Em entrevista para a Agência Focaia, André Trigueiro fala sobre Jornalismo Ambiental e FICA.
Na 20° edição do FICA, André Trigueiro foi mediador do debate sobre “Espiritualidade e meio ambiente”, que aconteceu no Convento do Rosário. Participaram do debate o frei Paulo Castanhedê (Igreja Católica), Mãe Flávia Pinto (Umbanda), foto central, da esquerda para a direita, e Ailton Krenak, que falou sobre a cosmovisão dos indígenas de sua etnia.
Em entrevista para a Agência Focaia, André Trigueiro fala sobre Jornalismo Ambiental e FICA.
Referência no Jornalismo Ambiental, Trigueiro diz que a
cobertura do Rio +20 em 1992, pela então Rádio Jornal do Brasil, foi determinante
para seguir nessa especialização. “Foi mérito do apetite que eu passei a ter de
entender melhor o Rio +20, enquanto jornalista e cidadão”, afirma.
Para ele, o jornalismo pode ajudar nas questões
ambientais denunciando o que está errado, sinalizando rumos e perspectivas, além
de mostrar qual caminho deve ser seguido e quais são os projetos e os bons
exemplos de sustentabilidade.
FICA
Segundo Trigueiro, a primeira vez que participou do
FICA foi em 2004, através de um convite do jornalista Washington Novaes. Na época foi presidente do júri e jurado das
edições VI e VII do festival.
O jornalista
relata que a importância do evento não é para o meio ambiente, mas para o
ser humano. “Por pior que seja a crise (ambiental), o planeta seguirá em
frente, nós (humanos), não. Então, a importância do FICA é que a gente se dê
conta de que essa crise tenha a nossa digital e o nosso DNA. Ela é causada por
nossos hábitos, comportamentos, estilos de vida e padrões de consumo”, analisa.
Trigueiro finaliza dizendo que está ao nosso alcance
fazer um ajuste sustentável para permanecer neste planeta com perspectiva de
longevidade, alegria, esperança, qualidade de vida, etc. “A gente depende dessa
mudança, o planeta segue em frente de uma forma ou de outra, o pior cenário do
planeta seria uma guerra total nuclear, tudo vira cinzas. Daqui há alguns
milhões de anos a teia da vida se reconfigura, sem nós”, conclui.