Professores decidem manter greve em MT



Educação


Servidores da educação estadual decidiram, por unanimidade, manter a greve por tempo indeterminado em Mato Grosso. Além disso, a categoria rejeitou o documento apresentado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), no que se refere às Parcerias Público-Privadas (PPPs) e ao calendário do concurso público. 

Após a assembleia geral realizada na tarde de ontem (4), na Escola Presidente Médici, em Cuiabá, a categoria saiu em caminhada até a praça Alencastro. 

Imagem - 24HorasNews
Justiça de Mato Grosso decreta que greve dos professores de MT é ''legal''

Completando hoje 36 dias de paralisação, os educadores dizem não temer os golpes baixos do Governo do Estado e pontuam que esta pode ser a maior paralisação de todos os tempos da educação, caso o Executivo não atenda às reivindicações já apresentadas. 

“É claro que ter uma decisão judicial que declara que nossa greve é legítima, ajuda. Porém, independente do Governo ou da Justiça, nossa categoria sempre foi justa e pautada pelo desejo da maioria”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Henrique Lopes. 

Muitos professores, segundo ele, inclusive do interior, estão acampados em frente à Secretaria de Gestão (Seges) e seguem firmes na luta por melhorias trabalhistas. 

No último final de semana os 93 municípios presentes no Conselho de Representantes do Sintep discutiram a greve e o documento enviado pela Seduc. De acordo com Lopes, o Estado simplesmente parece estar “brincando com a cara dos servidores da educação, uma vez que a proposta encaminhada ao sindicato insiste em manter a privatização das escolas públicas”. 

Concurso público

Com relação ao concurso público, o secretário Marco Marrafon se compromete a apresentar ainda em 2016, mas sem data definida, um calendário para lançamento do edital, resumindo os cargos a professores, técnicos administrativos e apoio administrativo. 

Para o sindicato da categoria, porém, “Não há especificações básicas, como a dos postos a serem ocupados propriamente dito, quantidade de vagas, salários. Tudo muito obscuro, completamente ao contrário do que o governador prega por aí, quando fala em transparência”, diz Henrique Lopes. 

O governo, por sua vez, afirma que, sobre a Revisão Geral Anual (RGA), a Seduc não poupará esforços para manter a política de dobrar o poder de compra dos profissionais da educação, mas pede o retorno dos professores às atividades nas escolas estaduais.