Crítica: O Filho de Deus

Adaptação da série A Bíblia chega aos cinemas com um Jesus bem diferente e um roteiro que transcende a crucificação

Todo feriado de Páscoa é a mesma coisa. Basta ligar a TV para ver um filão de filmes do gênero gospel. Para os cristãos, este é um período de relembrarem o que fizeram com o filho de Deus na Terra. E mais do que tudo, uma oportunidade de redenção diante dos pecados e omissões que cometemos (e continuamos cometendo). Mas, se há um filme que pretende ir além nesta questão é O Filho de Deus, dirigido por Christopher Spencer.
Logo no início da trama, o anjo Gabriel traz a Maria e José o conforto necessário para seguirem adiante na missão. Mas é a visão do menino se transformando em anjo ou o anjo como guerreiro que prometem uma “renovação” no gênero. A forma como o anjo aparece sem ser em um lugar isolado ou após a oração soa tão naturalmente que promete agradar em cheio ao público fiel, principalmente nesta época do ano.
Narrado pelo ator Keith David (Braddock 3 e Força Delta),  o longa épico transcende a crucificação para contar a história bíblica desde os tempos da criação passando pela ressurreição do Cristo até a contínua evangelização dos apóstolos pelos quatro cantos do mundo. E mesmo anos depois, anjos, milagres e batismos, em nome do Salvador, permanecem acontecendo.

Sucesso de público nos EUA, o filme é uma adaptação da série A Bíblia protagonizada pelo português Diogo Morgado e elenco internacional. Bastante conhecido nas redes sociais como o Hot Jesus dos tempos atuais, o filme de Morgado traz cenas levadas ao ar e outras excluídas da minissérie com 10h de duração.
Em 2013, A Bíblia foi um dos programas mais assistidos da TV a cabo norte-americana arrebatando 15 milhões de espectadores por cada episódio. Tudo isso garantiu aos criadores e também produtores do filme, Roma Downey (intérprete de Maria adulta na série e no longa) e Mark Burnett, nada menos do que três indicações ao Emmy. Por aqui, a série foi exibida na Record e o #hotJesus apareceu em 5 episódios.