Minicurso da UFMT/CUA discute notícias falsas e crimes contra a honra nas redes sociais

Extensão universitária

Agência Focaia
Assessoria do projeto TEIA

                     Divulgação


A Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Araguaia (UFMT/CUA), oferece na próxima quarta-feira (12), das 8 às 11 horas da manhã, o minicurso de extensão Redes sociais, fake news e crimes contra a honra: calúnia, injúria e difamação”. A atividade é gratuita e aberta a todos os estudantes e moradores da região de Barra do Garças, Aragarças e Pontal do Araguaia.

O minicurso é promovido pelo projeto de extensão “TEIA: rede colaborativa de compartilhamento de saberes na universidade”, do curso de Jornalismo, e  irá abordar, sob o ponto de vista legal, o problema da disseminação de notícias falsas no ambiente das redes sociais como o Facebook, WhatsApp, Instagram, Twitter e também os chamados crimes contra a honra cometidos tanto nesse processo de reprodução de fake news quanto nas postagens em geral nesses espaços virtuais.

O ministrante é o graduando do curso de Direito da UFMT, Tiago de Oliveira, bolsista do Programa de Apoio à Inclusão Indígena, membro do Grupo de pesquisa em dano ambiental, do Projeto de extensão GPd-Bio e monitor da disciplina Teoria Geral do Estado.

Segundo ele, muitas pessoas não sabem definir o que é um crime contra a honra, como difamação, por exemplo, que é uma ofensa à reputação de alguém, e, frequentemente, se utiliza das redes sociais para isso pensando que não haverá consequências.

Ele explica que a criação e a divulgação de notícias falsas nas redes sociais é um outro problema sério e pode se enquadrar em crimes contra a honra: “Se, por ventura, alguém se sentir ofendido, pode ocorrer uma calúnia, uma difamação ou uma injúria. Depende de cada situação específica. Além disso, o anonimato nas redes sociais tem servido como um bom instrumento para a propagação de ofensas pessoais ou coletivas.”

O estudante de Direito também assinala que os danos provocados por estes crimes nas redes sociais vão além da ofensa à moral, à imagem ou à identidade da vítima: “As ofensas estão atingindo níveis cada vez mais estarrecedores. Visto o alcance da exposição, tem sido comum o aumento dos casos de suicídio, depressão e outros problemas relacionados à questão. Podemos dizer que além dos danos morais é comum a ocorrência de dano existencial, que atinge profundamente o emocional da vítima".

Ainda de acordo com Tiago, a atuação do judiciário, no que diz respeito à proteção da honra em ambientes virtuais como as redes sociais ainda não atingem de forma satisfatória a reparação do dano e a punição em âmbito criminal. No entanto, ele destaca que a justiça já tem atuado atentamente para combater as agressões virtuais encobertas pelo anonimato: “A internet não é um universo sem leis e as condutas ilícitas serão devidamente responsabilizadas”.

Serviços

As inscrições para o minicurso podem ser feitas pela internet no endereço https://goo.gl/forms/KiJAQNo2s84CVppy1. Outras informações também podem ser obtidas na página do projeto no Facebook https://www.facebook.com/projetoteiaufmt