SIS 2013: 74,1% das mulheres de 25 a 29 anos que não estudam
nem trabalham têm ao menos um filho
A Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2013 mostra
que, em 2012, cerca de 20% dos jovens de 15 a 29 anos de idade não frequentavam
escola nem trabalhavam. A proporção de mulheres nesse grupo foi grande: 70,3%.
Entre elas, destaca-se a proporção daquelas que tinham pelo menos um filho:
30,0% entre aquelas com 15 a 17 anos, 51,6% na faixa de 18 a 24 anos de idade e
74,1% daquelas de 25 a 29 anos de idade. Entre as pessoas de 15 a 17 anos
de idade que não estudavam nem trabalhavam, 56,7% não tinham o ensino
fundamental completo. Entre as de 18 a 24 anos, 47,4% tinham completado o
ensino médio.
Com o objetivo de possibilitar um conhecimento mais amplo da
realidade social do país através de indicadores atualizados, a SIS 2013 traz
informações sobre seis temas: “Aspectos demográficos”; “Famílias e domicílios”;
“Educação”; “Trabalho”; “Padrão de vida e distribuição de renda”; e “Saúde”.
Mostra, por exemplo, que, de 2002 a 2012, a proporção de
jovens na faixa etária de 25 a 34 anos que moravam com os pais passou de
aproximadamente 20% para 24% no Brasil. E que, em 2012, 29,7% dos domicílios
urbanos ainda não tinham acesso simultâneo aos serviços básicos de saneamento e
iluminação (abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de lixo e
iluminação elétrica).
Em relação à educação, o estudo indica que, em dez anos, a
taxa de escolarização (percentual de pessoas de determinada faixa etária que
frequentavam creche ou escola) das crianças de 0 a 3 anos de idade quase
dobrou, passando de 11,7% em 2002 para 21,2% em 2012. Entre 4 e 5 anos de
idade, a taxa subiu de 56,7% para 78,2%, embora na área rural, uma em cada três
crianças nessa faixa etária não frequentasse escola. A proporção de jovens
entre 18 e 24 anos que estavam na universidade passou de 9,8% para 15,1% no
mesmo período.
A formalização dos trabalhadores também cresceu na última
década. Em 2002, 44,6% dos trabalhadores se encontravam formalizados (que
contribuíam de alguma forma para a Previdência), percentual que sobe para 56,9%
em 2012. Entretanto, a informalidade ainda atinge percentual significativo da
força de trabalho brasileira: 43,1% dos trabalhadores neste último ano.
Em 2012, 6,4% dos arranjos familiares tinham rendimento
familiar per capita de até 1/4 de salário mínimo, e 14,6% tinham mais de 1/4 a
1/2 salário mínimo per capita. Entre 2002 e 2012, o rendimento de “outras
fontes” para o grupo de até 1/4 de salário mínimo per capita ganhou
participação relativa, de 14,3% para 36,3% da renda total desses arranjos
familiares.
Embora persistam as diferenças regionais, o Brasil reduziu a
taxa de mortalidade na infância (até cinco anos) de 53,7 óbitos por mil
nascidos vivos em 1990 para 18,6 em 2010. Já o indicador para crianças de até
um ano caiu de 47,1 para 16,0. Em 2012, 24,7% da população tinha plano de
saúde, sendo que, em São Paulo, a cobertura chegava a 43,6%, ao passo que no
Acre eram 5,6%.
A principal fonte de informações da Síntese de
Indicadores Sociais 2013 é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(PNAD) 2012. Também foram utilizadas outras pesquisas do IBGE, além de fontes
externas. A publicação completa e demais resultados estão disponíveis na páginawww.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2013.