Grupo preso por fraudar CNHs


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O Popular

Operação foi realizada em Mato Grosso e Goiás. Suspeita é de que líder da quadrilha seja de Uruana


Um esquema de fraude na obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) foi desarticulado ontem, pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJC-MT), em 39 cidades dos Estados de Mato Grosso, Goiás e Tocantins. 

As investigações que resultaram na Operação Fraus - nome que vem do latim e significa uma mentira contada com boa intenção - apontam como mentor de todas as ações criminosas um homem identificado como Valdimar Tomaz dos Santos, que é servidor da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) do município goiano de Uruana, a 157 quilômetros da capital. Ele também é dono de uma autoescola e um dos oito presos, na manhã de ontem, no Estado.

“Chegamos à conclusão de que tudo, ou grande parte do que apuramos, desaguava nele. Ele aparece nas investigações como o chefe de todo o esquema; todas as pessoas recorriam a Valdimar, pois tinha contatos com pessoas do Despartamento Estadual de Trânsito (Detran) de Mato Grosso”, destaca o delegado que preside o inquérito policial, Joaquim Leitão Júnior. 

Segundo ele, o servidor da Ciretran de Uruana mantém a autoescola da qual é proprietário em nome do filho menor de idade. Como articulador do esquema criminoso, o acusado manteria contato com pessoas dentro dos órgãos de trânsito e também de outras autoescolas, além de arregimentar candidatos para obter, de forma fraudulenta, carteira de motorista em Mato Grosso, principalmente na região de Barra do Garças.

Ainda de acordo com o delegado, Valdimar Tomaz dos Santos atuava em parceria com um comparsa, identificado como Yuri Moreira e Silva, morador da cidade de Araguaiana (MT). Yuri aparece, nas investigações, como administrador da autoescola de Valdimar, em Uruana; ele é apontado como a pessoa responsável por recrutar candidatos para o esquema. 

“Praticamente tudo passava pelas mãos dele, mas sabemos que Yuri trabalha para Valdimar”, sustenta Joaquim Leitão Júnior. Entre os presos goianos, além do suposto mentor do esquema, estão proprietários de autoescolas ou instrutores. Ao todo, a Justiça decretou 135 ordens judiciais.