Imaginário da mídia

Bem, em alguns locais há resistência, mas sabem que não há saída. Fidel Castro, Hugo Chávez, Cristina Kirchner, Evo Morales, Rafael Correa, Lula deixarão o poder. Afinal, ninguém é imortal, possível somente ao poder econômico, que a sociedade reconhece e valoriza no seu imaginário


Por Antonio Silva


A cada dia torna-se mais visível as propostas dos grandes jornais sobre o modelo brasileiro, no que diz respeito à política, economia e cultura. A realidade é o poder econômico que deve nortear todo o espaço social, sem a "arbitrariedade" do Estado do bem-estar social. O capitalismo mesmo que excludente é a melhor saída para qualquer nação desenvolvida, mesmo com suas imperfeições, que são naturais.

A condição do Brasil está relacionada com uma sociedade que ainda não conseguiu compreender as lógicas dos países ricos ocidentais, de sua política para o desenvolvimento. Os partidos que defendem a valorização da cultura dos brasileiros natos, ou seja, ligados ao território latino-americano, são suspeitos pela proposta de uma cultura primitiva – simplesmente atrasado.

Na política o eixo do mal seriam os líderes que evocam o passado distante, de exploração no sentido do exigir das comunidades locais atitude e decisão política na escolha de seus representantes. A representação dos grandes empresários da comunicação uma discussão adiantada entre a comunidade internacional. Não se olha para trás, sempre para frente no rumo do mercado e setor financeiro, capaz de financiar o desenvolvimento das pessoas do terceiro mundo.

O sindicalismo dos trabalhadores é coisa antiga e desnecessária. Sistema economia que permita a distribuição de renda seria uma utopia de uma religiosidade dos mitos. A realidade é outra, completamente diferente, pois, o sindicalismo saudável é dos empreendedores que defendem a agremiação contra as intervenções estatais, que por vezes fazem surgir operários, com discurso populista desejando o poder.

E o pior, a população atrasada, muitas vezes, cai no conto da fantasia, as sereias do mar. Cuidar do imaginário social é tarefa dos amigos da comunicação midiática.
A própria comunicação depende do desenvolvimento financeiro para crescer, afinal é uma indústria e ninguém esconde. “Não há almoço grátis”, já se diz (Quem???).

Qualquer matéria em jornal custa caro; ainda mais na televisão. São as publicidades que geram resultados para as grandes empresas, embora seja necessário conhecerem as palavras ditas pelas pessoas que ficam diante da mídia. O mundo depende das grandes empresas de comunicação, enfim, para viver num mundo complicado de entender, de muitas possibilidades.

Neste sentido, o PSDB paulista - de FHC, Serra, Alckmin, Aécio Neves - ganha o apoio destes grandes veículos – pode não ser o ideal, mas quem mais se encaixa a proposta?

As empresas multinacionais são vencedoras de um mercado com grandes jogadores, imbuídos do princípio do desenvolvimento. Não se trata de simplicidade. Entre os homens de negócios ocorrem enfrentamentos. Quem não tem fichas, perde o jogo. Neste sentido, é preciso conquistar os homens, seu imaginário e manter o rico crescimento econômico. O olhar deve ser sobre a cultura das comunidades regionais e locais, não somente convencer, organizar.

Bem, em alguns locais há resistência, mas sabem que não há saída. Fidel Castro, Hugo Chávez, Cristina Kirchner, Evo Morales, Rafael Correa, Lula deixarão o poder. Afinal, ninguém é imortal, possível somente ao poder econômico, que a sociedade reconhece e valoriza no seu imaginário.

Antonio Silva - professor de Jornalismo UFMT.