Professores da UFMT aprovam indicativo de greve


Professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decidiram ontem em assembleia geral realizada em Cuiabá pelo indicativo de greve sem data determinada. A categoria se manifesta contra congelamento dos salários até 2019, contratações precarizadas de substitutos e temporários, sucateamento da estrutura física da Universidade e cobra perdas salariais. Os professores marcaram nova assembleia, na qual vão elaborar pauta interna de reivindicações para, se for o caso, subsidiar um movimento grevista. No dia 28 de junho, um possível indicativo de greve com data determinada voltará à tona.

A Assembleia de ontem também deliberou que o delegado da Associação dos Docentes irá levar à reunião do setor das Instituições Federais de Ensino (IFES) nesse final de semana em Brasília a sugestão de indicativo de greve para todas as seções sindicais do país. A pauta interna irá açambarcar não somente preocupações do Movimento Docente com capilaridade nacional, mas também questões específicas dos campi em Mato Grosso.

Uma delegação da ADUFMAT S.Sind irá participar do ato público articulado pelo funcionalismo federal, hoje (16), também em Brasília. A marcha passará por toda a Esplanada dos Ministérios, para marcar a descontentamento do setor com a forma que consideram negligente de negociar do Governo Federal.

Tudo o que for discutido nas próximas semanas pelos docentes da UFMT será levado também ao 56º Conselho do ANDES-SN (CONAD), de 14 A 17 de julho, em Maringá (PR). No CONAD, o Movimento Docente irá avaliar o Plano de Lutas aprovado para o período e apreciar as contas do Sindicato Nacional. Os professores da UFMT querem, portanto, costurar uma greve local, que dê conta dos problemas específicos, e inspirar greve nacional, que amplie o movimento.

Sobre as possibilidades de ocorrer de fato uma greve, o presidente da ADUFMAT S.Sind, Carlos Alberto Eilert, disse que a base é que decide, embora haja forte inclinação para isso. A última greve dos professores da UFMT, conforme ele lembra, ocorreu em 2005 e durou 152 dias.

Via Adufmat.

Até as 13h15 de hoje, a Universidade não havia publicado nada sobre o assunto em seu portal. A decisão dos professores ganhou repercussão na grande mídia nacional: Professores da Federal de Mato Grosso aprovam indicativo de greve.

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Em entrevista à assessora de imprensa Keka Werneck, professor Adenil da Costa Claro, representante da ADUFMAT SEÇÃO SINDICAL há 21 anos, no Campus Universitário Araguaia, reclama que docentes do interior que entraram depois de 2000 são "meio pé no freio em se associar, colaborar, representar".

Segundo ele "a maioria dos professores que tocam o sindicato, talvez 90%, é da leva de antes de 2000.