Em assembleia, estudantes da UFMT Araguaia avaliam liminar de reintegração de posse do Campus e decidem sobre questões do movimento

Mobilização 

Agência Focaia
Reportagem
Barbara Argôlo
Leticia Oliveira


     Foto: Barbara Argôlo
Assembleia reuniu cerca de 80 estudantes no Campus da UFMT, em Barra do Garças, 
para debater paralisação

O Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário Araguaia realizaram mais uma assembleia, nessa sexta-feira (11) para avaliar pedido de reintegração de posse, a manutenção ou não das portarias das unidades de Pontal do Araguaia e Barra do Garças. Os estudantes da UFMT Araguaia iniciaram a paralisação no dia 20 de abril, em virtude da nova política de alimentação do restaurante universitário, cujo impasse permanece sem solução.

De acordo com o diretório foram realizadas reuniões com os Institutos de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) e Ciências Exatas e da Terra (ICET), os quais, juntamente ao CONSUA (Conselho Universitário do Araguaia), por meio de nota, manifestaram apoio ao movimento estudantil.

Emily Tinan, membro do DCE, informou que os institutos de ICBS e ICET manifestaram incômodo com o fechamento das portarias das unidades de Pontal do Araguaia e Barra do Garças, tendo sido protocolada denúncia junto ao Ministério Público Federal por um docente do ICET, solicitando a sua liberação, sob alegação que o fechamento fere o direito constitucional de ir e vir.

De acordo com o coordenador da representação estudantil, Luiz Guilherme, foi protocolado, pela Procuradoria Federal ação judicial, solicitando a reintegração de posse do Campus Araguaia, assim como o que ocorrera no Campus de Cuiabá. 

Em decisão judicial ficou decidida pela liberação da guarita do Campus Araguaia, mas com a permanência da ocupação, além de indeferir o pedido liminar de reintegração imediata de posse do prédio da universidade. Porém, marcou para o dia 15 deste mês audiência de conciliação para oitiva das partes envolvidas no processo.                                                 

Ainda na decisão judicial fora informado que será expedido “mandado de constatação, a fim de que seja certificada a atual situação do campus da UFMT indicados na inicial [Campus Araguaia]”. Luiz Guilherme explica que haverá uma comissão designada pela justiça federal que inspecionará o patrimônio do campus, bem como se “tem algo que possa ser considerado ilegal”, esclareceu.

Na assembleia, os estudantes debateram a liberação ou continuação do fechamento da portaria do Campus, das duas unidades. Valdeir Ribeiro, acadêmico do curso de jornalismo da UFMT/CUA “não é fácil conseguir uma audiência de conciliação em pedido liminar” e ressaltou ainda que deve-se aguardar as decisões da reunião do Consepe (O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão) realizado hoje (14) em Cuiabá.

Em votação estudantil com representação das unidades I e II, ficou deliberado que a portaria permanecerá fechada até amanhã (15), sendo permitida a entrada de pessoas apenas após identificação.  O Diretório Central dos Estudantes providenciaria nota explicativa do motivo pelo qual estão sendo necessárias apresentações de ofícios na guarita para liberação de algumas atividades de pesquisa e extensão no campus.