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Redação
Giulia Sacchetti
Fotos: Vasco Aguiar/Adailson Pereira
Busca de parceria
Conforme relata a professora, não houve acordo. Para a prefeitura, a universidade federal deveria arcar sozinha com as despesas, cabendo à instituição municipal a manutenção e investimentos em infraestrutura, como iluminação, rede de energia, vigias, etc.
Apesar do andamento dos trabalhos, Pascotto destaca que, como dependem também de serviços de terceiros para a montagem da estrutura, o processo se torna mais lento. Adianta, no entanto, que a inauguração deverá ocorrer no mês de dezembro deste ano.
Funcionamento
Sala dos sentidos
Animais empalhados de diferentes espécies são atração no Museu
de História Natural do Araguaia
A proposta
de implantação do Museu de História Natural do Araguaia (MuHNA) na Universidade
Federal de Mato Grosso, Campus Universitário do Araguaia (UFMT/CUA) surgiu em
2012, mediante o interesse por animais silvestres de duas
professoras, Márcia Cristina Pascotto e Luana dos Anjos
Ramos. Logo receberam a ajuda dos professores Silvio
Colturato, do curso de Ciências Biológicas e Ivairton Monteiro
dos Santos de Ciências da Computação. Na época, muitos animais eram
doados já mortos à universidade mato-grossense, o
que resultou na ideia de utilizá-los como material didático
para os alunos, destinando-os para formação dos estudantes na graduação e desenvolvimento da pesquisa.
A decisão de implantar o
museu na universidade surgiu logo, e o próximo passo seria buscar recursos
federais. O projeto foi desenvolvido, depois submetido pelo Conselho
Nacional de Pesquisa e Tecnologia (CNPq) no ano de 2013, quando recebeu aprovação. O valor disponibilizado pelo órgão foi de 300 mil reais, mas até o momento o CNPq liberou apenas 50% do valor.
Busca de parceria
Pascotto explica que na
gestão administrativa anterior da Pró-reitoria do campus, o museu não obteve apoio para ser instalado dentro da universidade. Desta forma, os organizadores do projeto buscaram auxílio com a
prefeitura municipal de Barra do Garças, em uma parceria entre a UFMT/CUA e
município.
Conforme relata a professora, não houve acordo. Para a prefeitura, a universidade federal deveria arcar sozinha com as despesas, cabendo à instituição municipal a manutenção e investimentos em infraestrutura, como iluminação, rede de energia, vigias, etc.
Após a mudança de gestão
no comando da Pró-reitoria, como afirma Pascotto, houve interesse, por parte da nova equipe empossada, pela implantação do museu na UFMT Araguaia, indicando
o Espaço Multiuso II, onde funcionava o Restaurante Universitário (RU), como local para sua instalação (foto ao lado)
Apesar do andamento dos trabalhos, Pascotto destaca que, como dependem também de serviços de terceiros para a montagem da estrutura, o processo se torna mais lento. Adianta, no entanto, que a inauguração deverá ocorrer no mês de dezembro deste ano.
Funcionamento
No museu, não será
cobrada taxa de entrada e o funcionamento será em dias e horários pré-definidos,
com visitas monitoradas, principalmente para as escolas, que
deverão agendar data com certa antecedência para visitar a exposição. A ideia, de acordo com a professora, é atingir toda a região de
Barra do Garças e cidades vizinhas, as quais não possuem museu de história
natural disponível.
O museu da UFMT/CUA contempla três
áreas: zoologia, geologia e paleontologia. Essas coleções estão equipadas com tablets e outras atividades interativas para o público visitante. O ambiente também contará
com uma sala de cinema, com capacidade para até 50 pessoas,
onde poderão ser realizadas palestras, oficinas e exibição de documentários. O espaço também servirá aos professores de
educação básica, para atividades que exigem o uso de material audiovisual,
porque haverá no local uma televisão de 70 polegadas 3D e lousa
interativa.
Sala dos sentidos
Outra novidade presente
no espaço é a 'Sala dos sentidos', ambiente destinado às pessoas com
necessidades especiais, com acesso ao conteúdo de forma fácil e
interativa, diante da tecnologia à disposição. O objetivo é fazer com
que todos possam visitar a sala de olhos vendados, explorando os
recursos que estejam no ambiente através dos sons, aromas, texturas, etc.
A professora Márcia Cristina Pascotto, faz questão de afirmar que os animais expostos na coleção de zoologia foram recolhidos vítimas de atropelamentos nas estradas e rodovias da região, doados já sem vida para a universidade. Daí então são armazenados em
freezers, para depois serem empalhados (taxidermizados).
Atualmente, o
MuHNA conta com o apoio da técnica Lusnaiara Rodrigues Lima, três bolsistas de extensão e monitores voluntários dos cursos de Licenciatura em Ciências Biológicas, Biomedicina e Ciências da Computação do campus Araguaia.