Educação e Política
Patrícia Helena Dorileo
Foto - Gazetadigital/João Vieira
Em assembleia geral, na Escola
Estadual Presidente Médici, os servidores públicos da Educação decidiram pela
manutenção da greve. A paralisação completou 63 dias nesta segunda-feira (1).
Os professores avaliaram a
última proposta do governo do Estado, feita com mediação do Ministério Público
Estadual na pessoa do promotor de Justiça Henrique Schneider, do Núcleo de
Defesa da Cidadania da Capital, e não aceitaram.
A reivindicação da categoria é que haja um
calendário de concurso público (já atendido pelo governo), suspensão integral
do edital das Parcerias Público-Privadas (PPPs) e convocação das conferências
participativas para debater o assunto; e uma proposta para integralizar os
percentuais da Lei de Carreira 510/13 até a próxima data base da categoria, ou
seja, no próximo mês de maio.
A tentativa de acordo avaliada
sugeria a execução do projeto das PPPs até setembro deste ano, as conferências
convocadas, sendo que a implantação viria somente após o debate a depender do
resultado. As conferências serão convocadas pelo Fórum Estadual de Educação e
terão caráter deliberativo. Em relação à dobra do poder de compra, um grupo de
trabalho paritário analisaria a melhor forma de garanti-la integralmente no
exercício de 2017, sem prejuízo à continuidade da Lei de Carreira (510/13).
Em relação à proposta da
execução do projeto das PPPs, os grevistas aceitaram, mesmo sob protesto de
alguns e votação conturbada. Quanto à pauta de concursos, pois mesmo já
atendida eles querem que o edital seja montado, estipulando cargos e vagas. O
que mais preocupa, no entanto, é a pauta econômica. Para os sindicalizados a
proposta do Governo está "ampla e vaga demais".