Universitários de Sinop acampam na reitoria da UFMT em Cuiabá mas Maria Lúcia está no Japão

Da Redação - Priscilla Silva
Foto: Reprodução
Universitários de Sinop acampam na reitoria da UFMT em Cuiabá mas Maria Lúcia está no Japão
Cerca de 30 estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso do campus de Sinop estão acampados no prédio da Reitoria do campus Cuiabá desde as 10h desta segunda-feira (05). O grupo instalou barracas e colchões no segundo andar do prédio. Eles querem uma garantia de que a pauta de reivindicações seja cumprida.

Greve na rede pública de ensino deve começar nos próxmos dias
Após reunião com governador, agentes penitenciários suspendem greve até a próxima sexta-feira

O campus de Sinop está em greve desde o dia 22 de julho. Os alunos viajaram mais de 500 quilômetros para tentarem uma audiência com a reitora, Maria Lúcia Cavalli Neder. Porém, a gestora está em atividades externas no Japão e os alunos foram recebidos pelo vice-reitor da universidade, João Carlos de Souza Maia, nesta manhã. De acordo com a assessoria, a reitora participará da cerimônia de colação de grau dos estudantes de Pedagogia do Núcleo de Educação Aberta e a Distância (Nead) da UFMT, em parceria com a universidade japonesa, na Universidade Tokai.

Consta da pauta de reivindicação por melhorias da estrutura dos cursos da unidade, como construção de laboratórios, salas, ampliação da biblioteca e outras. Os estudantes ainda pedem por mais contratação de professores, conclusão das obras paralisadas e abertura do novo restaurante Universitário.

Em entrevista ao Olhar Direto, o vice-reitor explicou que a reitoria e os alunos elaboraram uma pauta de reivindicações quando os itens foram classificados como curto, médio e longo prazo. “Dos pontos classificados como curto prazo a instituição já cumpriu quase tudo, que era, por exemplo, a liberação do espaço atrás da cantina para sala de estudo e de lugar para o centro de vivência”.

Segundo o João Maia, o impasse está nas de médio prazo. “Os alunos querem que a reitora assine um compromisso indicando quando a guarita da unidade será construída, por exemplo, mas isso não é possível, pois a universidade não tem dinheiro e a reitora se comprometeu em buscar recursos através de emendas parlamentares ou por meio do MEC [Ministério da Educação]”, justificou.

O presidente do Diretório Acadêmico Central, Miller Junior Caldeira Gomes, reiterou que o grupo não sairá do prédio sem ter uma resposta concreta da reitoria. Segundo ele, os acessos ao prédio estão livres, porém, os funcionários não conseguem trabalhar devido ao barulho.

Uma segunda audiência com o vice- reitor está agendada para esta terça-feira (06). Segundo a assessoria de imprensa da UFMT, a reitoria deve retornar à Cuiabá até a próxima sexta-feira (09).


Leia também: Carta dos professores da Faculdade de Comunicação da UFPA #ParamosAFacom