Um dos pontos do pronunciamento da Presidente Dilma Rousseff
(PT) foi de que investirá 100% dos royalties do pré-sal em Educação. Neste caso
específico, mais parece uma daquelas promessas feitas não para serem levadas a
sério, mas, sim, para dar argumentos à militância. Deliberar se os gastos serão
ou não inteiramente aplicados em Educação não é uma decisão soberana da
Presidente. E, pelo que os políticos demonstraram até agora, tanto no trato
cínico, quase com escárnio, da coisa pública, quanto na discussão sobre o
próprio pré-sal, dificilmente passa pelo Congresso essa pretensão da Presidente.
Como retórica para conter a revolta das massas, pode-se aceitar. No entanto, é
preciso que o Palácio do Planalto mude o tom do discurso e do trato com os
parlamentares quando o assunto for Educação. Caso contrário, acalma a revolta,
mas, fica como foram as promessas para a Educação feitas pela própria Dilma
Rousseff, quando era candidata, de que investiria na melhoria da remuneração
dos professores. Pelo andar da carruagem, a inflação comerá o ganhos dos poucos
professores e professoras das universidades, pois será finalizado somente em
2015. A sociedade e a categoria dos professores e professoras federais espera
atos e não apenas promessas. Porque promessa é dívida, Presidente!