O Popular - Goiânia
Os servidores públicos comissionados do Estado de Goiás são,
proporcionalmente, os menos qualificados do Brasil, de acordo com a
pesquisa Perfil dos Estados Brasileiros – Estadic 2012 – do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Quase 50% dos 10.177
funcionários em cargos de confiança cursaram apenas o ensino
fundamental, nunca foram à escola, ou se foram, não concluíram a 1ª
série.
Considerando o total de 107.157 servidores em atividade no final de
2012, 16.375 (15,28%) estão na mesma situação, com pouca ou quase
nenhuma instrução. De forma geral, o quadro da distribuição dos
funcionários das administrações estaduais reproduz as desigualdades de
escolaridade estruturais existentes entre as unidades da Federação,
explica o IBGE.
No caso dos servidores efetivos, nenhum aparece sem ter, pelo menos,
concluído o ensino fundamental, exigência mínima para aprovação em
concurso público de provas e títulos. Já a maioria, 54.797, entrou no
serviço público estadual com algum curso superior ou concluiu os estudos
até o final de 2012.
O quadro de servidores sem vínculo permanente (temporários, prestadores
de serviço e autônomos), é o que apresenta, proporcionalmente, o maior
número de pessoas com mais qualificação. A explicação é a destinação da
mão de obra, pois a maioria ocupa funções específicas, como de
professores substitutos, profissionais da área da saúde e outros que
exercem funções para suprir necessidades emergenciais.
Em contrapartida, o Estado está entre as maiores proporções de cargos
ocupados por pessoas com nível superior ou pós-graduação. Goiás aparece
em terceiro lugar com 63,2% (67.724 servidores), atrás de Santa Catarina
com 74,3% e São Paulo que tem 68,4% de servidores melhor qualificados.
Os goianos estão acima da média nacional, que é de 53,5% com nível
superior ou pós-graduação, ou 1,4 milhão de servidores.