Universidades
Keka Werneck
Três instituições de ensino superior locais aparecem no “Ranking das Universidades
2016” divulgado nesta segunda-feira (19) pela Folha de S. Paulo, que, há cinco
anos, faz este levantamento. A melhor posicionada, em 34º lugar, é a Universidade
Federal de Mato Grosso (UFMT). A Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat)
fica em 94º e a Universidade de Cuiabá em 144º, em uma lista de 195 escolas.
Com relação ao ranking de 2015, as três instituições perderam posições.
A UFMT foi do 33º lugar para o 34º. A Unemat caiu nove “degraus” - de 85º para
94º. E a Unic migrou do 128º lugar para 144º. As outras instituições de Mato
Grosso não alcançaram nota para aparecer no ranking.
As primeiras colocadas foram a Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), a Universidade de São Paulo (USP) e a Unicamp, de Campinas, no interior
paulista.
Pesquisa Folha
Para ranquear as melhores instituições do país, a Folha de Saulo leva em
consideração os indicadores ensino, pesquisa, internacionalização, inovação e
mercado de trabalho.
Quanto ao indicador pesquisa, a Folha investiga qual é o número de
trabalhos científicos publicados nos periódicos indexados à base “Web of
Science”, uma das principais referências em divulgação acadêmica.
Para saber da respeitabilidade da instituição fora do país, investiga
também citações aos trabalhos da universidade feitas em artigos de grupos de
pesquisa internacionais.
A inovação também conta ponto. O referencial da pesquisa quanto a isso é
o número de pedidos de patentes (direito de exclusividade para explorar
comercialmente novas ideias) pela universidade ao Instituto Nacional da Propriedade
Industrial (Inpi) de 2004 a 2013.
Já o aval da qualidade de ensino é dado por 726 professores escolhidos
pelo MEC para analisar a qualidade de cursos superiores.
Por fim, a Folha considera importante também saber se a instituição pesa
na vida dos universitários quando saem para o mercado de trabalho, ou seja, se
são mais facil-mente contratados por terem se formado nesta ou naquela escola.
O ranking da Folha avalia as instituições e também os cursos em
separado.
Na lista nacional, a maioria das escolas bem colocadas é pública. A PUCD
do Rio é a instituição privada em melhor posição (21º lugar), seguida da PUC do
Rio Grande do Sul (22º).
Situação 'confortável'
A Universidade Federal de Mato Grosso, por meio de nota, considera estar
em situação confortável, já que é a terceira do Centro-Oeste, e aponta os
cursos que se sobressaíram: Biologia e Geografia (em 19º lugar), Agronomia
(20º), Enfermagem e Nutrição (21º).
Para a reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli Neder, os dados demonstram
os “investimentos nas áreas de pesquisa e pós-graduação, na infraestrutura, na
contratação de professores e na qualificação do corpo docente”. Ela admite
“fragilidade” no quesito inovação e que é preciso focar nisso.
Estudante de Jornalismo na UFMT, Vinícius Barros, 23, considera
“razoável” a posição da instituição federal no ranking “mas poderia ser muito
melhor”. Na visão dele, o ensino na UFMT é comprometido por diversas questões
como falta de professores e técnicos em diversos setores.
“Fico bastante chateado também com a falta de equipamentos, os poucos
que existem estão sucateados. Se a UFMT está nesta colocação com as atuais
condições, fico imaginando aquelas que ficaram em colocações piores”, finaliza.