Ciência
Agência Focaia
Redação
Júlia Viana
As estudantes de Engenharia Civil,
Taynah Marques e Eduarda Correia e Aline Ramos de Agronomia da Universidade
Federal do Mato Grosso (UFMT/CUA), estão classificadas na modalidade Decola no
ITA Challenge, uma competição que objetiva
difundir a cultura do empreendedorismo e inovação na comunidade
acadêmica, promovida pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (CCM-ITA)
de São Paulo.
As competidoras da universidade do Araguaia já qualificadas são
orientadas pelo professor Marcio Andrade e participam com dois projetos que têm
protótipo construído, que deram o nome de Concrenox e outro solo líquido.
Conforme informações do site oficial, o desafio busca estimular
o espírito empreendedor dos alunos e desenvolver suas habilidades
em criar, desenvolver e gerir negócios criativos e inovadores em equipe. A
competição Funciona em cinco fases, a inscrição, qualificação, crescimento,
aprimoramento, e disputa final. A premiação ocorre em outubro, para os que passarem para a ultima fase.
Taynah e Eduarda com o protótipo ‘Concrenox, que visa aproveitar
o resíduo do eletrodo,
como resulta da soldagem de material inox - imagem: Reprodução.
Taynah e Eduarda foram classificadas na fase de qualificação com o produto ‘Concrenox’, um bloco
de concreto com parte de aço inox, constituído de uma parte do eletrodo,
chamada de “pega do eletrodo” que é descartada durante o processo de soldagem
e não tem nenhuma forma específica de descarte e utilização.
No entanto, como informam as estudantes criadoras do projeto, o composto
é formado por materiais ricos, que resulta na junção da chapa de aço inox
e o concreto. A chapa é escolhida devido as suas características peculiares,
como a resistência a oxidação, gerando assim um material que além de resistente
a compressão, é constituído também por uma camada durável e forte, podendo
assim, ser utilizada como piso ou revestimento.
Eduarda e Taynáh contam que esse tipo de composto, além de forte, impede
a perfuração do concreto para a fixação das placas de aço. Com isso, retiram o
resíduo do meio ambiente, aproveitando-se melhor das características do aço com
o concreto, embasadas em conceitos de sustentabilidade e inovação tecnológica.
De acordo com Marques, as estudantes pretendem dar continuidade ao
projeto na Universidade e futuramente patenteá-lo.
Projeto 'Solo Líquido' que também está classificado do desafio do ITA,
coordenado pela estudante Aline, procura desenvolver um solo sintético para
produção de hortaliças, como destaca. Tendo como princípio a sustentabilidade,
o solo líquido possui concentrações exatas para produção de hortaliças e tem
como objetivo minimizar o uso de água na produção dessas plantas, reduzindo
assim o impacto ambiental a nível agrícola e contribuindo para o desenvolvimento
da agricultura vertical, explica a acadêmica.
Aline com o protótipo do ‘Solo Líquido’ no
laboratório de agronomia do Campus Araguaia,
da UFMT - Imagem: Reprodução.
“Além disso, o solo líquido possibilita de modo sustentável que qualquer
pessoa produza seu próprio alimento (hortaliça) em sua casa, de modo fácil e
econômico,” enfatiza.