Em reunião pública com estudantes, reitora discute cortes orçamentários e Restaurante Universitário da UFMT

Política Educacional

Agência Focaia
Reportagem
Júlia Viana


Nesta quinta-feira (11), a reitora da Universidade Federal do Mato Grosso, Myrian Serra esteve na cidade de Barra do Garças (MT), pela manhã, para uma reunião pública no campus Araguaia unidade II, com os estudantes da instituição. Como tema da reunião cortes de verbas, resultando em apertos orçamentários da universidade, licitação e funcionamento do Restaurante Universitário dos campi.



 Reitora Myrian Serra durante discurso na UFMT/CUA. Imagem: Adailson
Pereira/arquivo.


A reitora logo no início de sua exposição, rapidamente, informou que aguarda a liberação de verbas pelo governo, após o corte orçamentário das universidades brasileiras pelo governo. Diferentemente de afirmações anteriores, preferiu não destacar a situação das contas da instituição, como disse anteriormente em entrevistas aos meios de comunicação, que sem os recursos federais a condição orçamentária da UFMT seria de paralisação das atividades. 

Acompanhava Serra à mesa no Campus Universitário do Araguaia, auxiliares administrativo de sua gestão, como pró-reitor administrativo (PROAD), Bruno César Souza Moraes, pró-reitora de assistência estudantil Erivã Garcia Velasco e o pró-reitor do CUA Paulo Jorge da Silva.
De acordo com Moraes, da PROAD, no processo licitatório para o restaurante universitário a empresa Kadeas venceu o certame e continua com o serviço, depois de realização e processo público de concessão. 

Segundo ele, a universidade entende que resta à instituição disponibilizar um técnico para acompanhar a qualidade das refeições servida aos estudantes. Informou que os detalhes dos contratos de licitação de processos de terceirização devem ficar visíveis sobre o funcionamento das empresas vencedoras, de modo a permitir a defesa de direito estudantis. Medida que vem sendo providenciada pela UFMT, com publicações no site da Universidade dos resultados e informações sobre os contratos.

Diferenças regionais

Na abertura da palavra para os estudantes, a presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Flávia Giordano, questionou o motivo de a empresa Kadeas não servir café da manhã aos sábados, considerando que há discussão e deliberação pelo Conselho Universitário (CONSUNI), nesta matéria. A posição da PROAD, conforme o seu pró-reitor é de desconhecimento do fato, e, portanto, tomará medida necessária para o estabelecimento do serviço para este dia de agora em diante.

Presidente do Centro Acadêmico de Direito, Gustavo Cardinal, questionou a reitoria o tratamento do funcionamento dos Campi do interior no modelo da capital, sem levar em conta as peculiaridades de cada localidade. Como destacou Serra para além do cardápio do restaurante universitário esta é uma questão a ser avaliada com atenção, tendo em vistas as diferenças nos preços das licitações, que deveria ser menor nos municípios do interior, em razão dos preços praticados. Mas no final, as empresas apresentam orçamento levando em conta valores da capital, mais caros.

Antecipando ponto importante para os estudantes do Campus, a reitora afirmou que a falta de moradia para os estudantes, na cidade Barra do Garças e Pontal do Araguaia precisa ser analisada. Reconhece que a questão precisa de debate e solução, sem apresentar proposta.

Passe livre

No Campus da Araguaia o transporte coletivo foi outro assunto apresentado pela reitoria, antecipando reivindicação dos estudantes. Adiantou, no entanto, que a universidade não tem condições de fazer aquisição de ônibus para esta finalidade. A frota da universidade está reduzida e com dificuldades para atender todos os campi, argumentou. Ela defendeu a iniciativa de os alunos da UFMT Araguaia lutarem pelo passe livre estudantil para o transporte coletivo. Como afirma esta foi uma conquista dos alunos da universidade em Cuiabá.

O pró-reitor Paulo Jorge, reforça as afirmações de Serra, de que os estudantes devem atentar para o passe livre, resolvendo um problema que se arrasta no Campus, sem solução satisfatória, diante da falta do transporte para atender a todos os estudantes. Acrescenta que os veículos UFMT/CUA são antigos, "alguns são da idade da maioria dos estudantes daqui", sem condições para longas viagens, para atender solicitação para eventos distantes do Araguaia.

A visita da reitora ao Campus Araguaia teve início na quarta-feira, em reunião na Prefeitura da Unidade Pontal do Araguaia, Seguiram com reuniões também na Unidade II de Barra do Garças. As atividades de Serra se encerraram nesta sexta, quando esteve em reunião pública com estudantes da unidade universitária I.