Em dia de greve geral, acadêmicos da UFMT Araguaia fazem mobilização em defesa da educação e contra reforma da previdência


Protestos

Agência Focaia
Reportagem 
Nathalia Gonçalves
Júlia Tinan



Acadêmicos em sinaleiro do centro de Barra do Garças (MT), durante o protesto a favor da 
educação pública. Foto: Júlia Tinan.

Na última sexta-feira (14), o país aderiu a greve geral dos trabalhadores contra a Reforma da previdência. Em Barra do Garças, estudantes, técnicos e professores da UFMT participaram de mobilizações durante todo o dia.
Em assembleia da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), no dia 06 de Junho, foi decidido pelos professores paralisação desta sexta-feira, com o intuito de protestar contra a reforma e os cortes na educação.
As mobilizações em defesa da educação vêm ocorrendo desde o dia 15 do mês passado, onde docentes, técnicos e discentes foram para a rua, objetivando conscientizar a população sobre os prejuízos sociais da decisão do governo de promover bloqueios de verbas orçamentárias da educação.
Na cidade de Barra de Garças, as mobilizações começaram na quinta-feira (13). A comunidade acadêmica se reuniu na Praça da Matriz, onde ocorria o último dia da festa de Santo Antônio, para entregar panfletos e dialogar com a população sobre o ataque que as universidades públicas vêm sofrendo.

Estudantes conversam com a população sobre o impacto da UFMT na cidade de Barra do 
Garças, durante a festa de Santo Antônio, na praça da Matriz. Foto: Júlia Tinan.
Dando continuidade à programação de mobilizações, no dia seguinte, a Adufmat proporcionou um café da manhã para a comunidade acadêmica, com o propósito de estabelecer rotas estratégicas de panfletagem pela cidade, chamando a atenção da comunidade. 
Professora Graziela Borges, conversa com acadêmicos sobre locais de panfletagem, 
na manhã de sexta-feira, em dia mobilização pelo Brasil
contra reforma da previdência. Foto: Júlia Tinan.

O encerramento das atividades ocorreu no final da tarde, após adesivação no centro da cidade, com reunião das comissões de mobilização para analisar o trabalho dos acadêmicos, pela defesa da educação e contra a reforma da previdência. 

Panfletos contendo informações sobre a Universidade e adesivos com "eu defendo a UFMT" que foram entregues à comunidade. Foto: Nathália Gonçalves.

De acordo com o professor da UFMT, Odorico Ferreira Cardoso Neto, é importante estarmos sempre mobilizados e lutar por nossos direitos educacionais. “Mais do que nunca precisamos estar mobilizados, acompanhando as decisões orçamentárias, sabendo o dinheiro que entra e para onde ele vai, e tendo uma dimensão do que seja a verba de custeio em relação garantia do funcionamento da universidade”, pontua.
Cardoso Neto ainda explica que a Greve Geral desta sexta-feira teve o intuito de protestar, não apenas pelos bloqueios que a educação sofreu no último mês, mas também contra a reforma da Previdência, o que traz muitas mazelas para os trabalhadores públicos e privados.
“Hoje estamos dizendo: nenhum um direito a menos. Tanto pela reforma da previdência quanto para os não cortes na educação” conclui o docente.

Estudantes, técnicos e professores, no centro de Barra do Garças, entregam panfletos 
e pedem aos motoristas permissão para adesivar os carros, com os dizeres "eu defendo a Universidade pública". Foto: Júlia Tinan.