Professores de Jornalismo do Campus Araguaia publicam nota de apoio aos estudantes, em defesa da política de assistência estudantil na UFMT
Nota Pública
Agência Focaia
Agência Focaia
Redação
Barbara Argolo
Publicada pelo Coordenador do Curso de Jornalismo da Universidade
Federal de Mato Grosso, Campus Universitário do Araguaia, Edson Luiz Spenthof,
Nota Pública do Colegiado do Curso, a qual teve origem em reunião no dia 28 de
fevereiro. Em pauta, a questão do aumento do preço das refeições do restaurante
universitário (RU) da universidade federal mato-grossense.
No documento o colegiado diz reconhecer e reforçar a legitimidade da
luta dos estudantes, por entender que a política de assistência estudantil é
"vital para a permanência de muitos estudantes na Universidade".
Reforça ainda, a necessidade de diálogo sobre o assunto, a transparência
das informações e a busca contínua por solução para a crise financeira que a
UFMT, bem como, outras Universidades Federais do Brasil, enfrentam atualmente.
Segue nota na íntegra:
Em reunião realizada no dia 28 de fevereiro de
2018, o Colegiado de Curso de Jornalismo do ICHS/CUA/UFMT debateu a questão do
aumento do preço das refeições dos restaurantes universitários da UFMT e
decidiu emitir a presente Nota Pública, no sentido de:
1. Reconhecer e reforçar a legitimidade da luta dos estudantes,
por fazer parte do regime democrático e por entender que a política de
assistência estudantil, dentro da qual o amparo à alimentação, é vital
para a permanência de muitos estudantes na Universidade e, portanto, para a
sua legitimação como instituição verdadeiramente democrática e a serviço da
sociedade;
2. Reforçar, como o fez em outras ocasiões, a necessidade de
amplo diálogo sobre o assunto, para o qual se faz necessária total e
irrestrita transparência de dados e informações;
3. Tornar público o entendimento de que a
busca por soluções para a crise financeira que se aprofunda nas
universidades federais do Brasil passa:
3.1. No plano interno das instituições, por um equacionamento orçamentário que não amplie as dificuldades vividas pela camada mais vulnerável da sociedade brasileira presente na Universidade;
3.1. No plano interno das instituições, por um equacionamento orçamentário que não amplie as dificuldades vividas pela camada mais vulnerável da sociedade brasileira presente na Universidade;
3.2. No plano externo, pelo enfrentamento político da situação de
deterioração financeira das universidades públicas, deliberadamente imposta por
um governo que, com o álibi de ajustar as contas públicas, privilegia cortes
que atingem duramente a camada mais carente da sociedade brasileira, como
condição para a sobra de recursos que, em forma de pagamento de títulos da
dívida pública, com juros altos, aumentam ainda mais os assombrosos lucros do
sistema financeiro brasileiro e mundial aqui instalado, protegido que está por
medidas de austeridade que não o atingem.
Barra do Garças (MT), 28 de fevereiro de 2018
Colegiado do Curso de
Jornalismo do ICHS/UFMT