"Temos que buscar alternativas em tempos de crise", analisa a candidata a Pró Reitoria do Campus Araguaia




Eleições pró-reitoria


Agência Focaia
Luis Felipe Rodrigues


A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realiza processo de consulta para a escolha do Pró-Reitor do Campus Universitário do Araguaia. Dois candidatos estão na disputa pelo cargo. O professor e atual diretor do Instituto de Ciências Exatas e da Terra (ICET), Paulo Jorge da Silva e a professora e atual Gerente de Graduação e Extensão, Anna Maria Penalva Mancini.

Focaia realizou entrevista com ambos os candidatos para conhecer melhor as propostas de cada um. A segunda candidata entrevistada foi Anna Maria. Para acessar a entrevista com o candidato Paulo Jorge da Silva, clique aqui.


Perfil do Candidato



Nascida em outubro de 1963 no interior de São Paulo, a professora Anna Maria Penalva Mancini declara-se barra-garcense de coração. Dos 36 anos vividos nesta cidade, vinte anos foram dedicados à docência. Formada em psicologia pela UNESP e mestre em educação pela UFMT (Cuiabá), a professora é candidata à pró-reitora do Campus Universitário do Araguaia. 

Mãe de dois filhos, Anna Maria analisa as transformações que a universidade viveu nos últimos anos, com a chegada dos estudantes de diversos lugares do país. A professora defende a construção de um conselho universitário, para melhorar as demandas do campus e a comunicação entre as partes. Além de ser favorável também à independência do Campus Universitário do Araguaia, a exemplo da emancipação do Campus Universitário de Rondonópolis.

Focaia - Fale um pouco sobre sua trajetória pessoal.

Anna Maria Penalva Mancini - Sou solteira, tenho dois filhos. Cheguei a Barra do Garças em 1980 para trabalhar em uma instituição estadual como Psicóloga, já que naquela época existia uma deficiência de profissionais nesta área. Considero Barra do Garças como a cidade do meu coração. Barra do Garças se transformou em uma cidade universitária, atendendo não só a comunidade local, mas também as cidades vizinhas.  Com a mudança da forma de ingresso, pelo ENEM, hoje temos uma universidade com discentes de todas as regiões do país. Isto se configura como um fator beneficente para a cidade, potencializando-a em várias dimensões.

Professora, descreva sua trajetória como docente no campus, suas conquistas e participações no meio acadêmico.

Entrei na Universidade em 1996 como Professora de Psicologia. Fiz especialização em Educação Especial e Mestrado em Educação na UFMT. Quando ingressei nesta Universidade tínhamos apenas a Unidade do Pontal do Araguaia. Ocupei cargos de Chefia de Departamento, Coordenadora de Cursos, Diretora de Instituto, e Gerente de Ensino de Graduação e Extensão. Atualmente, faço parte da Comissão Própria de Avaliação, representando o Instituto de Ciências Humanas e Sociais. Já participei do Consepe e Consuni. Como professora ministro aulas nos cursos de licenciaturas e bacharelados.

Como melhorar a administração do campus, tendo em vista que ela é burocrática e depende, em grande parte de Cuiabá? Caso seja eleita Pró-Reitora, como pretende tratar assuntos pontuais da universidade, entre eles, a falta de cantina, falta de instalações esportivas?

A constituição do Conselho Universitário do Campus, com representações dos três segmentos auxiliará na administração da universidade. Certamente será a ponte para as decisões sobre demandas locais e na relação com a sede em Cuiabá. Estas questões serão discutidas neste Conselho, formado por alunos, professores e técnicos, que definirá as prioridades, necessidades que o Campus possui, definindo assim as diretrizes a serem tomadas. 

Com os cortes de verbas anunciados pelo governo federal, como será possível pensar o crescimento do Campus, sem afetar a qualidade das estruturas e do ensino?

Este é um desafio que com certeza teremos que enfrentar. O slogan da minha campanha é “Para Construir Juntos”. Neste sentido teremos que buscar juntos, por alternativas para este enfrentamento.

Você possui um espaço de comunicação com os alunos, técnicos e professores via e-mail, para ajudar na construção do plano de governo. Quais são as demandas e desafios apresentados? 

No panfleto que distribui para a comunidade acadêmica, existe um e-mail para que todos enviem sugestões e críticas. Temos muitos desafios pela frente, e, em conjunto com os segmentos que compõem o Campus, poderemos viabilizar as soluções para estas demandas. São muitas as demandas, dentre elas o desafio de manter o equilíbrio das relações entre as Unidades do Pontal do Araguaia e Barra do Garças.

A exemplo de Rondonópolis, o Campus Araguaia poderá se tornar independente, nos próximos anos? Quais seriam os passos para que seja possível? 

Estamos caminhando para que isto se concretize. Sou favorável a esta emancipação. No entanto temos que trabalhar para ampliar os cursos de pós-graduação, bem como trabalhar internamente, como no incentivo à produção científica. Além de buscar parcerias externas para nos fortalecermos no sentido de alcançar esta independência.

Professora, explane suas propostas e quais melhorias visa para este Campus. 

Na Carta aberta à Comunidade Acadêmica apresento algumas propostas iniciais, de modo que junto aos segmentos que sustentam a Universidade, possamos identificar as demandas e elaborar novas propostas. Propostas como a criação de novos cursos de pós-graduação, o fortalecimento e o incentivo às práticas esportivas e culturais e o debate sobre o uso racional de água e energia, e outros fatores ambientais integram minha base de propostas.