Paralisações na educação
Agência Focaia
Jessé
Santos
Os
servidores técnico-administrativos da UFMT fizeram, na última quarta-feira (6),
paralisação de 24 horas, convocada pela Federação de Sindicatos de
Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior
Públicas do Brasil (FASUBRA). Conforme informação do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos da UFMT (SINTUF –
MT), o objetivo dos
trabalhadores é o de tentar assegurar o cumprimento do acordo da greve de 2015,
também demonstrar o posicionamento contra as tentativas de cortes orçamentários no Governo Michel Temer (PMDB) na Educação. Além disso, se posicionar contra os ataques aos
direitos trabalhistas dos servidores públicos.
Foto - Karin Sampaio
O movimento não descarta a possibilidade de
novas paralisações ou, até mesmo, uma futura greve. Como afirma a coordenadora
geral do SINTUF - MT, Eloísa de Oliveira Lima (foto), tudo depende do posicionamento do Governo em
relação às negociações com as bases. Questionada sobre novas paralisações dos
servidores, Lima avalia que “é provável que sim - quando a FASUBRA chama, a
base responde”.
O
movimento dos sindicatos aborda reivindicações como a recomposição salarial dos
técnicos, o aprimoramento da carreira de trabalho e a luta contra a PEC 241, que se aprovada pelo Congresso
Nacional, congela as despesas públicas primárias por 20 anos, com redução de
investimentos na educação.
Além
das discussões sobre o movimento, os servidores técnicos decidiram por realizar abaixo-assinado, que visa o apoio dos
estudantes pela jornada contínua dos técnicos, possibilitando com isso o
atendimento integral aos alunos, sem interrupções durante os dias
letivos. As
assinaturas estão sendo recolhidas na UFMT, Campus Araguaia.
No
que se refere ao funcionamento das universidades, sofrendo reflexo com as paralisações, sobretudo, na possibilidade de greve, Lima faz questão de afirmar que não se trata de interesse apenas
de uma categoria. Pois, como observa, a motivação principal da paralisação,
portanto, é o sucateamento da saúde pública e dos direitos trabalhistas.
“Não é uma pauta diretamente ligada à categoria, mas nós somos, além de
servidores públicos, cidadãos”, finaliza a coordenadora do SINTUF.