Apesar de decisão judicial, servidores de MT sinalizam manter a greve



Patrícia Helena Dorileo

Os servidores públicos receberam a decisão da Justiça por determinar a greve ilegal sem surpresas. O presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil (Siagespoc-MT), Cledison Gonçalves da Silva dispara que “está há 20 anos no sindicalismo mato-grossense e nunca viu o Tribunal de Justiça do Estado declarar uma greve sequer legal”.

Nesta sexta-feira (3) o desembargador Alberto Ferreira concedeu liminar favorável ao governo e declarou ilegal a greve de 11 categorias da segurança pública. O magistrado determinou o retorno imediato às atividades e estipulou uma multa diária de R$100 mil.

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Os sindicatos garantem que mantém os 30% dos serviços sendo prestados, conforme preconiza a lei. “A categoria é soberana. Vamos realizar assembleia geral na próxima semana e todos juntos vão decidir se acata ou não essa decisão. Se a categoria não acatar, pagamos o preço”, garante o presidente do Siagespoc-MT.

O porta-voz do Fórum Sindical, James Rachid Jaudy, afirma que “determinação judicial é para ser cumprida”, mas que vão contestar judicialmente. Complementa dizendo que percebe os colegas firmes e nada temerosos com a situação.

Para a próxima semana o Fórum articula pelo menos dois grandes atos e o acampamento em frente ao Palácio Paiaguás e à Secretaria de Estado de Gestão (Seges) deve continuar durante todos os períodos.

Afirma o Jaudy, que “no começo a maioria dos servidores não queria a greve porque entendemos que é prejudicial a todos. Mas, agora, 90% querem a greve. O sentimento é de ultraje”.