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Projeto de conscientização ambiental está sendo implantado na UFMT
O DCE (Diretório Central dos Estudantes) da UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso) está promovendo uma campanha com a intenção de extinguir os copos descartáveis do RU (Restaurante Universitário). A ideia é conscientizar alunos, professores e técnicos da faculdade a levarem seus próprios copos, canecas ou garrafinhas para a universidade. Assim, a UFMT estará contribuindo com o meio ambiente, e o gasto que o governo tem com esses copos (que são pagos com o dinheiro dos nossos impostos) serão extintos. Para entender melhor o projeto, conversamos com Alanna Pricila Alves, Coordenadora de comunicação e assuntos estudantis, que nos mostrou os objetivos da campanha, assim como estratégias e dificuldades.De quem partiu a ideia?
A ideia surgiu em vários grupos da UFMT, como o DCE, o PET-MATEMÁTICA , as turmas de Fundamentos de Matemática e Cálculo 1 do professor Daniel, o projeto de extensão na UFMT de coleta das pilhas e das baterias, entre outros. Esses grupos estão propondo um projeto, apoio financeiro e patrocínios estão sendo sondados.
Qual a importância do uso da caneca?
- Evitar os copos descartáveis.
Mesmo corretamente separados, muitas empresas evitam a reciclagem de alguns materiais que são 100 % recicláveis, mas cujo processo de reciclagem tem altos custos, além de gerar grandes impactos ambientais (PELLEGRINI, 2010).
Esses copos plásticos também colaboram para a procriação de vetores transmissores de doenças, como o Aedes aegypti.
- Conscientizar os acadêmicos sobre a problemática dos resíduos sólidos produzidos pela sociedade.
- Impacto na saúde dos acadêmicos.
Já existem resultados?
O projeto ainda não foi implantado de forma eficiente, e ainda não temos um levantamento sobre os resultados. No entanto, percebemos no RU que os alunos aderiram a ação e estão aos poucos trocando os copos plásticos pela caneca.
Qual a estratégia para levar a faculdade inteira a aderir à campanha?
Mobilizar os alunos, professores e técnicos, com campanhas que chamam a atenção da importância de mudarmos nossos modos de vida e nossa maneira de “explorar” o planeta. O projeto contempla várias estratégias importantes, como o dia da CANECA, onde teremos palestra, vídeos relatando os problemas ambientais, falas de pessoas especialistas na área, além da distribuição gratuita das canecas, além de criação de ecopontos na UFMT, instalação de lixeiras educativas no campus, distribuição de mapas com Ecopontos na região, pedido para inserir tais Ecopontos no googlemaps, entre outras ações.
Ações como retirar totalmente o copo plástico do RU também estão sendo estudadas.
Esse projeto já enfrentou algum tipo de rejeição?
Não, mas existem relatos da dificuldade da implantação das canecas nos RU’s de universidade de todo o Brasil, e provavelmente teremos essas rejeições em nosso campus também. Por isso, estratégias e campanhas eficientes são necessárias para o sucesso do mesmo.
A ideia de uma instituição pública, que é de todos e para todos, aumenta a responsabilidade de vocês no sentido dos cuidados necessários que devem ser tomados em relação a ela?
Com certeza. Há vários desafios no trabalho da sensibilização ambiental de nossa sociedade, como os altos gastos com programas de marketing robustos, participação do setor público em projetos de reciclagem, além de desafios como a falta de informação e pelo longo período necessário para assimilação da população sobre seus deveres nesse sentido. A academia universitária, que fazem parte da base futura de nossa sociedade, precisa propor formas eficientes de transformar as atitudes de nosso campus e de nossa sociedade, pois é a sociedade que tem o ônus financeiro de nossa instituição e somos cientes que devemos propor formas sustentáveis de viver, através de campanha, de ações e de comprovação cientifica.
É possível acreditar que a mudança de hábito que os estudantes estão tendo pode leva-los a promover as mesmas mudanças no trabalho, na igreja ou qualquer outro lugar de convívio social?
Acreditamos que a ação de transformar o meio em que vivemos, produzirá maiores ganhos ambientais do que somente dentro do projeto.