Twitter fechou 125 mil contas em seis meses por apologia ao terrorismo

Folha de S. Paulo

O Twitter anunciou nesta sexta-feira (5) que fechou mais de 125 mil contas relacionadas ao terrorismo desde meados de 2015, a maioria deles ligados ao grupo Estado Islâmico.

3D plastic representation of the Twitter and Youtube logo is seen in front of a displayed ISIS flag in this photo illustration in Zenica, Bosnia and Herzegovina, February 3, 2016. Iraq is trying to persuade satellite firms to halt Internet services in areas under Islamic State's rule, seeking to deal a major blow to the group's potent propaganda machine which relies heavily on social media to inspire its followers to wage jihad. Picture taken February 3, 2016. To match Insight MIDEAST-CRISIS/IRAQ-INTERNET REUTERS/Dado Ruvic TPX IMAGES OF THE DAY ORG XMIT: DAD02

A empresa informou que só fecha contas quando há relatos de irregularidades vindos outros usuários, mas disse que aumentou o tamanho de suas equipes de monitorização e de resposta aos relatos e que diminuiu "significativamente" o tempo de resposta.

Quando as contas são denunciadas, o Twitter disse que olha para aquelas que são semelhantes e usa ferramentas anti-spam para identificar outras contas violentas, o que, segundo a empresa, resulta em mais eliminações.

A notícia chamou a atenção porque o Twitter tem falado pouco sobre seus esforços para combater o Estado Islâmico e grupos semelhantes.

A empresa tem sido criticada por não fazer o suficiente para impedir que militantes islâmicos e simpatizantes usem o serviço.

Muitas empresas de tecnologia, lideradas pelo Facebook, tomaram medidas mais fortes para policiar o conteúdo controverso on-line em face de ameaças dos legisladores para forçar as empresas a relatar "atividade terrorista" em seus sites.

O Estado Islâmico, que controla grandes áreas na Síria e no Iraque, usou frequentemente o Twitter, que tem 300 milhões de usuários, para recrutar combatentes e propagar mensagens violentas.

O governo dos EUA tem pressionado empresas de tecnologia a ajudá-lo a identificar contas relacionadas ao terrorismo, embora as companhias estejam sendo cautelosas em se envolver com o governo.