O governo federal está preocupado com a votação no Congresso Nacional do Marco Civil da Internet, retirado da pauta esta semana, diante da acirrada disputa política entre gestão Dilma Rousseff com o PMDB, que quer cargos e mais espaço no governo, em ano eleitoral.
Nos próximos dias o líder do chamado blocão dos peemedebistas, Eduardo Cunha, deverá ser chamado ao palácio do planalto para discutir o tema. Como já vem sendo informado pela mídia brasileira o parlamentar é contra a regulamentação do setor.
Como as denúncias surgem de todos os lados, conversas dão conta de que haveria uma relação entre parlamentares, inclusive do PMDB, de Eduardo Cunha, com a Globo, no sentido evitar a aprovação o item neutralidade na rede. Na realidade este é um tema política que diz respeito a interesse de várias empresas de comunicação, como a do setor de telefonia, com lastros internacionais.
O fato é que o desejo antipopular e contra o direito à comunicação de grandes empresas visa a comercialização a internet, com vultuosos lucros, no modelo da TV a cabo, com venda de pacotões. Para cada tipo de usuário a limitação do uso da internet. Assim, um pacote para email outro para acesso para a rede social e daí por diante.
Se no Brasil, a comunicação é um bem de grandes conglomerados e não de direito a população há séculos, nos tempos da internet os mesmo beneficiados buscam a privatização de um sistema que deve ser por direito público, gerido conforme interesses da sociedade e não na soma que resulta em mais poder para aqueles de dominam os meios de comunicação tradicionais.
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Antonio Silva é Jornalista e professor da UFMT - Campus Araguaia.
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