Servidores de universidades fazem paralisação nacional dia 11

Correio Braziliense

Técnico-administrativos decidiram que vão aderir aos movimentos populares que reivindicam melhoria nos serviços públicos

Gustavo Aguiar

A Federação des Sindicatos de Trabalhadores de Técnico-Adminstrativos em Instituições de Ensino Superior do Brasil (Fasubra Sindical) resolveu aderir a paralização marcada para quinta-feira, dia 11, convocada pelo Fórum de Entidades de Servidores Públicos Federais. A adesão ao movimento chamado de Dia Nacional de Lutas foi discutida e aprovada durante a plenária nacional estatutária da entidade, que ocorreu no último sábado em Brasília.

Os líderes da classe organizaram um ato na capital federal a partir das 15h de quinta-feira, com centração em frente à Biblioteca Nacional, na Esplanada dos Ministérios. Os manifestantes deverão seguir até o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

A mobilização nacional está sendo preparada pelas centrais sindicais de várias categorias, e começa a ganhar corpo com a confirmação de que outros sindicatos irão aderir ao protesto com greves e manifestações. Haverá paralisação desde o setor de transportes até construção civil. Também se preparam para o dia categorias de serviços, como bancos, e da indústria, como metalúrgicos, petroleiros, mineradores e químicos.

Dia Nacional de Lutas
A paralização nacional ocorre em apoio aos movimentos e manifestações urbanas ocorridas em todo o Brasil desde o mês de junho. Segundo a nota divulgada pela Federação, a mobilização deve "somar-se às manifestações, para além das reivindicações coorporativas, defendendo as bandeiras da sociedade que incluem saúde, educação, saneamento, segurança, combate a corrupção e habitação entre outras, porém, sempre incentivando o caráter de organização da classe trabalhadora."

Uma das reivindicações específicas da categoria é ver revogada a lei que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares -- EBSERH, instituição criada pelo governo federal para gerir os hospitais universitários, que, segundo a entidade, fere a Constituição Federal no que se refere à autonomia universitária.