Estudantes da UFMT Araguaia se mobilizam contra o aumento de preço das refeições no Restaurante Universitário
Restaurante Universitário
Agência Focaia
Redação
Vasco Aguiar
Giulia
Sacchetti
Fotos: Vasco Aguiar
Restaurante universitário do Campus Araguaia da UFMT, em Barra do Garças.
Os estudantes da Universidade
Federal de Mato Grosso, Campus Universitário do Araguaia, (UFMT/CUA) se reuniram, na última quinta-feira (15), com o Diretório Central de
Estudantes (DCE) para debater sobre alterações no valor pago pela
refeição no Restaurante Universitário (RU).
A
proposta que foi apresentada pela reitoria da universidade na última
sexta-feira (9), em reunião com os DCE’s dos Campi da UFMT, se trata
de um método que vai dividir os estudantes em três
classificações, baseadas na renda e no valor total cobrado por refeição.
Deste
modo, o Grupo A, formado por estudantes com renda familiar
mensal per capita de até 1,5 salário mínimo, teria
isenção total, o Grupo B obteria 50% de isenção e o
Grupo C ficaria sem nenhuma isenção, pagando o valor estabelecido
pela refeição que é de R$10. Para o público que não é acadêmico o valor
permaneceria o mesmo, R$ 10.
Segundo
a presidente do DCE, Laura Araújo, os estudantes devem pensar em uma contraproposta
à Reitoria pois, de acordo com ela, o valor de R$ 1 está muito defasado e “não
dá para ficar do mesmo jeito que está”, afirma. A presidente ainda relata que o
campus de Sinop da UFMT, iniciará a mudança de valores, a partir do
dia cinco do próximo mês. Já no campus Araguaia, as mudanças estão
previstas para o dia dois de abril.
Durante
a reunião do DCE, o acadêmico do curso de Direito, Murillo Zonta destaca
que é preciso “entender como funciona o orçamento da UFMT e, a partir disto,
buscar uma alternativa que não prejudique a vida dos alunos”, diz.
A partir
do debate (foto acima), os estudantes formaram uma comissão para
buscar mais informações e criar uma contraproposta, visando beneficiar
os acadêmicos. A preocupação dos universitários é evitar a perda de
direitos adquiridos. Essa proposta deverá ser apresentada à reitoria
entre os dias 19 e 22 deste mês.
Contratos
Fiscais
de compras da universidade na UFMT/CUA Rogério Marcondes Noleto e Paula
Carvalho Rodrigues explicam que o contrato com a Empresa Kadeas, responsável
pelo restaurante no campus, já foi prorrogado quatro vezes.
“Em
outubro de 2018 ele se encerra e não poderá mais ser renovado, será aberta nova
licitação para o restaurante universitário”, diz Noleto. Ele informa que para
haver mudança de valores das refeições, “teríamos que receber um termo aditivo
determinado de Cuiabá, o que não aconteceu até o momento”. E acrescenta que,
“para nós o valor da refeição será de R$ 1 até o fim do contrato em outubro”,
finaliza.
Sobre a possibilidade de entrar em vigor a nova tarifa no RU em abril, Paula Carvalho Rodrigues diz, “se existe a expectativa de mudança de valor em abril, nós desconhecemos”. Ela ainda destaca que a tendência é que as regras contratuais se estendam até o encerramento do contrato em outubro. “Desde que estamos trabalhando na fiscalização da universidade, nunca tivemos nenhuma mudança de regra contratual com o contrato em vigência”, conclui.
Sobre a possibilidade de entrar em vigor a nova tarifa no RU em abril, Paula Carvalho Rodrigues diz, “se existe a expectativa de mudança de valor em abril, nós desconhecemos”. Ela ainda destaca que a tendência é que as regras contratuais se estendam até o encerramento do contrato em outubro. “Desde que estamos trabalhando na fiscalização da universidade, nunca tivemos nenhuma mudança de regra contratual com o contrato em vigência”, conclui.
Outras instituições
Nas
universidades federais de estados próximos a Mato Grosso, os valores cobrados
pelas refeições variam.
Na
Universidade de Brasília (UnB) existe a separação em quatro grupos. No Grupo I estão estudantes que participam dos programas de assistência estudantil e estudantes indígenas, que são
isentos do pagamento. No Grupo II estão os estudantes estrangeiros, que pagam
R$ 1. No terceiro grupo, estudantes de graduação, pós-graduação e
servidores, R$ 2,50. E por fim o quarto grupo, destinado aos visitantes, que
desembolsam R$ 13.
Na
Universidade Federal de Goiás (UFG), estudantes de graduação presenciais desembolsam R$
3 pela refeição, enquanto os de pós-graduação, técnicos
administrativos, docentes e comunidade em geral pagam R$ 7,49.