Ex-bancário realiza atividades musicais e acadêmicas.

DJ, pesquisador acadêmico, regente de orquestra, compositor e muito mais. A carreira de Eufrasio Prates é extremamente diversificada. Graduado em música, ele fez mestrado em Comunicação e hoje desenvolve uma carreira eclética tocando ritmos como dance music, housee trance,entre outros segmentos da música eletrônica.
 
O trabalho com música e tecnologia também rendeu um programa de computador capaz de transformar sinais visuais em movimento, captados pelas webcams,em música gerada pelo computador. O projeto foi desenvolvido durante o doutorado na área. Basicamente, o movimento do corpo é transformado em música pelo software.O sistema ajuda, inclusive, a desenvolver projetos de ensino de dança para pessoas cegas.
 
“Recentemente, encontrei espaço para criar uma orquestra de laptops, uma das primeiras do Brasil a usar esse conceito, onde cada computador emite seu som. Hoje, temos seis participantes, gente de toda área: há músicos propriamente ditos, mas uma das coisas interessantes é que isso democratiza o acesso de supostos não músicos a fazer música. Pra quem tem sensibilidade e ouvido bom, o software permite que em uma semana de prática seja possível participar. É a democratização do acesso à música”, afirma.
 
Eufrasio iniciou sua carreira no Banco do Brasil como menor aprendiz. Trabalhou no Centro de Processamento de Dados, na área de Recursos Humanos e na Fundação Banco do Brasil. Em 1994 foi transferido para o Distrito Federal para trabalhar na área de Educação Corporativa. Participou, entre outros projetos, da montagem do portal da Fundação BB na internet e da implementação da página no Facebook. Está aposentado desde 2012.
 
“Na música, comecei aos oito anos de idade tocando violão, como é muito comum no Brasil. Nessa idade me fascinei com o violão e pedi à minha mãe que comprasse um. Ela achava que eu não levaria a sério, e disse que não tinha dinheiro para comprar, mas consegui fazer as contas e vi que poderia pagar, parcelado, com a minha mesada, e aí ela não teve como não aceitar. Comecei como autodidata, e depois de um ano minha mãe conseguiu uma professora particular. Iniciei os estudos em violão clássico e depois toquei guitarra e outros instrumentos. Hoje toco piano, teclados, clarinetes, sintetizador, contrabaixo... Todos os instrumentos pelos quais me interesso eu aprendo a tocar”, complementa.